Em seguida, a pesquisa compara a frequência de casos notificados em uma determinada área com a média nacional. Finalmente, um trabalho de campo é realizado com as mães para perguntar sobre a gestação, o que se chama de “busca de uma possível exposição conjunta”.
Existe algo em comum entre essas grávidas?
Em cada departamento envolvido, as mães receberam questionários sobre seu estilo de vida durante a gravidez. Nos três departamentos, nenhum fator determinante, como uso de medicamentos, drogas ou relatos de malformações nas famílias, pôde ser identificado que pudesse explicar esses casos. Além disso, todas as gestações não tinham anormalidades.
Então o que poderia explicar o problema?
Na ausência de uma história e de fatores claramente estabelecidos, surge a questão do ambiente. Para o epidemiologista Emmanuelle Amar, existe uma chance considerável dessas malformações serem causadas pela exposição de mães a produtos fitossanitários, como por exemplo pesticidas, durante a gravidez.
“Estamos diante de um possível escândalo de saúde pública”, disse a especialista ao canal FranceInfo.