Manaus, 19/05/2024

Cidade

ALUNOS INDÍGENAS TÊM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA NATUREZA

ALUNOS INDÍGENAS TÊM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA NATUREZA
04/03/2020 16h26

Exercício ao ar livre e em contato direto com a natureza, assim são as aulas de educação física dos alunos da escola indígena municipal Puranga Pisasú, localizada na comunidade Nova Esperança, rio Negro, zona ribeirinha de Manaus. A metodologia inovadora foi desenvolvida pelo professor Railson Queiroz, que aproveita os espaços ao redor da unidade de ensino para colocar em prática todas as orientações que passa aos alunos em sala de aula. O rio, a areia da praia e as árvores são utilizadas para praticar variados tipos de esportes e também brincadeiras, que deixam as aulas mais divertidas e dinâmicas.

“Alegra-me conhecer projetos e pessoas com vontade de ir além, que inovam e que realmente se doam àquilo que fazem. Parabenizo o professor Railson e, em nome dele, agradeço a todos os educadores que, juntamente com nossos investimentos em pedagogia e infraestrutura das escolas, têm nos ajudado a fazer uma educação de qualidade em Manaus”, disse o prefeito Arthur Virgílio Neto.

As atividades na escola Puranga Pisasú envolvem os 59 alunos, que fazem parte das turmas de educação infantil e ensino fundamental, que corresponde do 1º ao 9º ano. Natação, vôlei, queimada, escalada na árvore, futebol e jogos recreativos são alguns dos exercícios praticados semanalmente.

Segundo o professor Railson, realizar as aulas de educação física em contato com a natureza é uma maneira de adaptar as práticas à realidade em que os estudantes vivem. “As crianças já estão acostumadas com a natureza, agora elas utilizam a recreação como uma atividade física, que começa com a teoria na sala de aula e a prática no rio, na areia da praia, nada fora da realidade deles”, explicou o professor.

A aluna do 6° ano, Eduarda Rodrigues, 11, acredita que o resultado de qualquer esporte pode ser utilizado no dia a dia, em atividades comuns. “Todas as atividades que a gente brinca, como pega-pega e barra-bandeira, são capacidades físicas que podem ser observadas até no ato de lavar a louça, limpar a casa. A gente adquire resistência, equilíbrio e coordenação motora”, afirmou.

Já o aluno Faylon Soares, também do 6º ano, gosta de várias atividades, mas, principalmente, de jogar vôlei. “Eu gosto muito de correr e saltar, mas principalmente de brincar de vôlei, acho muito divertido. A educação física para mim é como uma brincadeira”, afirmou.

Metodologia


As aulas seguem a Proposta Pedagógica Curricular da Secretaria Municipal de Educação (Semed) com os conteúdos de capacidade física, jogos populares, competitivos, cooperativos, pré-desportivos e ginástica artística. Todas as atividades têm o objetivo de trabalhar a coordenação motora grossa e fina, flexibilidade, equilíbrio, força, resistência, entre outros.

“As práticas das escolas do campo, especificamente da Pisasú, são muito prazerosas, principalmente pela abordagem que os professores executam o trabalho. É muito interessante o professor articular o conteúdo com o ambiente disponível, aliando a proposta educacional da Semed. As orientações que os alunos da zona urbana recebem são as mesmas da zona rural, mas com uma metodologia diferenciada e que chama atenção da criança”, explicou a gerente pedagógica da Divisão Distrital Zonal (DDZ Rural), Marilene Gomes.

 

*Com informações da Semed

COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

X