Manaus, 25/04/2024

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Ao invés de combater fraudes na secretaria de Saúde, Anoar Samad beneficia fraudadores

Ao invés de combater fraudes na secretaria de Saúde, Anoar Samad beneficia fraudadores
14/08/2021 10h00

Mesmo impedida de contratar com a administração pública, a Prime Gestão de Saúde continua prestando serviços para a SES com processos indenizatórios e já recebeu do estado, mais de R$ 6, 3 milhões, este ano

Recém escolhido pelo governador Wilson Lima para comandar a Secretaria de Estado da Saúde (SES), órgão que concentra o maior volume de contratos superfaturados e outras irregularidades, no governo estadual, o médico Anoar Samad, está se mostrando bem melhor que encomenda.
Ao invés de arrumar a casa, banir fraudadores e promover a transparência desejada pelo governador Wilson Lima e, principalmente, pelos cidadãos amazonenses, que não suportam mais ver a corrupção prosperar enquanto a pandemia mata e paralisa a economia, Anoar tem sido mais, do mesmo, ou será, pior que seus antecessores?

Em pouco mais de dois meses no cargo, Anoar Samad instalou uma verdadeira farra de pagamentos indenizatórios na saúde pública estadual, beneficiando empresários, acusados de corrupção e desvio de dinheiro público, cujos os contratos estavam sob suspeição, por apresentarem fartos indícios de superfaturamento, entre outras irregularidades.

Uma dessas empresas é a Prime Atividades de Apoio a Gestão de Saúde Sociedade Limitada, que está com registro suspenso no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) e impedida de celebrar contrato com a administração pública, até a data de 30/07/2023. Ao invés de ser excluída da lista de prestadores de serviços ao governo do Estado, a Prime não só continua prestando serviço para a SES, como recebeu, só em 2021, mais de R$ 6,3 milhões, pagos pela secretário Anoar Samad, com processos indenizatórios.

Apenas em um dos processos, relativo a supostos serviços prestados no Hospital e Pronto Socorro João Lúcio, a Prime recebeu mais de R$ 1,7 milhão. Em outro processo, do Hospital Francisca Mendes, a empresa recebeu montante superior a R$ 1,4 milhão, por prestar serviço, sem cobertura contratual. Somente no mês de agosto foram pagos R$ 277.456,78. Também recebeu, por meio de processos indenizatórios, R$ 432.015,03, pela prestação de serviços na Maternidade Balbina Mestrinho.

Outra grave denúncia é que a empresa Prime vem recebendo pagamentos de exercícios anteriores, sem o devido registro no sistema. Apesar de o pagamento aparecer no sistema como pagamento do exercício atual, na tela que demonstra o documento de pagamento é possível constatar que, na verdade, trata-se de pagamento refere ao ano de 2019, porém não registrado no sistema como 2019 e sim como 2021.

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