Manaus, 19/04/2024

Cidade

Arquiteta e urbanista fala sobre o dia mundial do urbanismo que é comemorado hoje 

Arquiteta e urbanista fala sobre o dia mundial do urbanismo que é comemorado hoje 
08/11/2021 12h31

O Dia Mundial do Urbanismo é celebrado hoje (8) em mais de 30 países, e tem como objetivo promover a consciência, a sustentação, a promoção e a integração entre a comunidade e o Urbanismo. A cada ano, a importância de um bom planejamento urbano, com espaços verdes suficientes que possam contribuir para a criação de um ambiente saudável para as pessoas que ali viverão, é ratificada de forma mais enfática.

A arquiteta e urbanista Melissa Toledo, conta que O urbanismo é uma disciplina e uma técnica relacionadas com o estudo, regulação, controle e planejamento da cidade, é a ação de projetar e ordenar espaços construídos.

Melissa que já trabalhou como coordenadora técnica no ano de 2015 em que houve a pavimentação da Avenida Eduardo Ribeiro, nos traz a reflexão deste novo momento do urbanismo.

“Com o alargamento do antigo conceito de monumento histórico, restrito a grandes obras edificadas e consideradas de excepcional valor histórico e artístico, nos últimos anos se opera com uma significação mais abrangente: patrimônio cultural urbano. Esta concepção de patrimônio possibilitou uma aproximação entre os campos da preservação, junto com seus órgãos responsáveis, e o do planejamento urbano” completa a arquiteta.

Esse momento do urbanismo nos lembra também as intervenções onde se entende que preservar o patrimônio histórico é valorizar a memória de uma comunidade, fortalecendo os laços de identidade entre as suas várias gerações. Dessa identidade também fazem parte os moradores e as atividades tradicionalmente desenvolvidas nas áreas tombadas. Esse entendimento é incompatível com a transformação dos sítios reabilitados em cenários para turistas.

Quando – além das questões culturais – existe a proposta de melhorar a qualidade da habitação ou repovoar os centros, os imóveis tombados têm o importante papel de concretizar o direito à moradia da população de baixa renda em áreas bem localizadas da cidade, possibilitando que o patrimônio edificado seja efetivamente apropriado pela comunidade, exemplo primário, moradia.

Melissa finaliza dizendo que é necessário pensar articuladamente as políticas de planejamento urbano e de preservação, utilizando os instrumentos do Estatuto da Cidade para compatibilizar os interesses dos diversos segmentos atuantes em uma área tombada, de modo a minimizar os conflitos existentes e promover seu uso por todos os segmentos da população.

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