01/04/2021 15h00
O general Walter Braga Netto, ao assumir a cadeira no Ministério da Defesa, decidiu alterar a ordem do dia sobre o golpe militar de 31 de março de 1964, que havia sido escrita pelo seu antecessor, o general Fernando Azevedo e Silva, demitido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na segunda-feira (29).
Ao contrário do que previa a versão anterior do documento, Braga Netto escreveu que a data deve ser “celebrada” como um marco da história. O novo ministro também excluiu um trecho que discorria sobre as Forças cumprirem função de instituição de Estado. Aliados de Azevedo consideraram que as alterações foram simbólicas e que acenam para Bolsonaro.
“O movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março”, diz a ordem do dia publicada na terça-feira (30), assinada por Braga Netto.
Ainda, tradicionalmente o texto é apresentado ao presidente pelo ministro da Defesa, e era uma das pautas que seriam discutidas entre Azevedo e Bolsonaro na reunião de segunda-feira, na qual o então ministro da Defesa acabou demitido.
Nesta quarta-feira (31), dia do aniversário do golpe que deu início à ditadura militar em 1964, que perdurou por 21 anos, até 1985, Bolsonaro criticou o Congresso por ter aprovado, em 2013, um projeto de resolução que anulou a sessão legislativa que destituiu o presidente João Goulart.
via Istoé com informações da Folha de São Paulo