Manaus, 25/04/2024

Brasil

BRASIL ENCERRA PARTICIPAÇÃO NO MUNDIAL SUPERANDO TODAS AS METAS

GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA Photo: RicardoBufolin/PanamericaPress/CBG
GINÁSTICA ARTÍSTICA FEMININA Photo: RicardoBufolin/PanamericaPress/CBG
04/11/2018 09h00

O Brasil encerrou neste sábado (3) sua participação no realizado em Doha (Qatar), alcançando todos os objetivos que haviam sido traçados antes da competição começar e ainda alcançando um feito inédito, com a presença dos times feminino e masculino nas duas finais por equipe.

Além da medalha de prata obtida por Arthur Zanetti nas argolas, na última sexta-feira (2), a ginástica brasileira conseguiu aumentar sua presença em finais em Doha. Neste Campeonato Mundial, foram sete participações do Brasil em finais, contra quatro na última competição, realizada em Montreal (CAN), em 2017.

Time Masculino brasileiro de Ginástica Artísitca  | Foto: Ricardo Bufolin/PanamericaPress/CBG

Outro feito importante foi que pela primeira vez em um Mundial de Ginástica Artística, as seleções feminina e masculina chegaram a uma final por equipes no mesmo evento.

As duas equipes brasileiras também alcançaram a meta de terminar a competição entre os 24 primeiros colocados e se qualificaram para disputar o Mundial de Stuttgart (ALE) em 2019 com time completo. Desta forma, poderão brigar pelas nove vagas restantes aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

Nas duas últimas participações em finais neste sábado, o destaque ficou para Flavia Saraiva, que terminou em quinto lugar no solo. Na prova masculina do salto, Caio Souza acabou na oitava posição.

Flavinha foi a segunda a se apresentar na final do solo e por causa de um pisão fora do tablado, acabou sendo penalizada em 0,100. Com isso, a nota final de 13,766 lhe deu a quinta colocação na competição.

“Estou muito feliz porque é mais uma experiência para mim. Nunca tinha chegado numa final de solo. É importante chegar à final de um aparelho tão difícil como é o solo e estando ao lado de ginastas fantásticas como a Simone Biles”, afirmou Flavinha, que também comentou o erro cometido em sua apresentação.

“Ficou todo mundo muito próximo nas notas. Talvez se não tivesse colocado o pé fora do tablado, poderia ter ganho uma medalha. Mas não dá para saber. O importante foi que consegui chegar a uma final que não esperava e pegar esta experiência para próximas competições”, disse a ginasta.

Primeiro a se apresentar neste sábado, Caio Souza, no salto. Na primeira tentativa, ele conseguiu uma boa nota (14,633), mas no segundo teve um desequilíbrio e viu a nota diminuir bastante (13,133). No final, a média do brasileiro foi de 13,883, que lhe rendeu a oitava posição na prova.

“Final tem que ir para o tudo ou nada. Esse salto que eu errei ainda é novo, tenho muito que ganhar consistência e competir com ele ainda, mas só de ter chegado à final foi uma grande vitória para mim”, afirmou Caio, que disputou ao todo três finais neste Mundial (equipes, individual geral e salto).

Agora, o ginasta de 25 anos já começa a pensar na próxima temporada e de olho em uma vaga para a Olimpíada de Tóquio-2020. “Agora é trabalhar duro, pois só desta forma a gente consegue chegar onde quer. Apesar desta minha falha, trabalhei muito para estar neste Mundial e consegui chegar a três finais”, analisou o ginasta brasileiro.

Para Henrique Motta, chefe de delegação do Brasil no Mundial de Doha e Coordenador Geral da Ginástica Artística Masculina e Feminina da CBG (Confederação Brasileira de Handebol), o balanço da participação foi extremamente positivo. “Conseguimos pela primeira vez classificar para as finais feminina e masculina por equipes, inclusive fomos um dos cinco países que alcançaram esta marca. Fomos ainda o quinto maior país em presença em número de finais. Tivemos a medalha de prata do Arthur Zanetti nas argolas, além da Flavia Saraiva ter ficado a um décimo da medalha no solo. Acho que estamos no caminho certo”, disse Motta.

 “A Seleção feminina conseguiu alcançar um resultado melhor do que na Olimpíada Rio-2016, quando terminou em oitavo e aqui no Qatar terminou em sétimo. Além disso, o melhor resultado no individual geral era um 11º e aqui conseguimos um oitavo lugar. O quinto lugar da Flavia na trave se repetiu aqui, mas no solo. Vejo um saldo positivo para a ginástica artística do Brasil e o ano ainda não acabou. Vamos ter a participação de nossos atletas na etapa da Copa do Mundo em Cottubus (ALE), agora em novembro”, afirmou Henrique Motta.

Para a presidente da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), Luciene Cacho Resende, a campanha brasileira em Doha comprovou a evolução da ginástica artística brasileira. “Os resultados dos nossos atletas consolidaram o Brasil como uma das forças da ginástica mundial, o que nos incentiva a seguir com nosso trabalho. Agradecemos ao Comitê Olímpico do Brasil e à Caixa Econômica Federal, patrocinador oficial da CBG, por todo o apoio e parceria nesta campanha histórica, afirmou.

 

 

*Com as informações da Confederação Brasileira de Ginástica

COMENTÁRIOS

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.