DA REDAÇÃO

O que seria um dia de alegria por tomar a vacina contra a covid-19 e ficar imunizada, virou um momento de profunda tristeza, choque, dor, xenofobia  e constrangimento para uma brasileira muçulmana que foi vítima de preconceito religioso, na manhã, dessa segunda feira (17/05), em Manaus. A vítima Ana Vieira já fez o Boletim de Ocorrência B.O e a  mulher que fez o comentário discriminatório será acionada na Justiça. Lideranças árabes e muçulmanas do Amazonas também já estão tomando as devidas providências.

De acordo com o B.O  a vítima foi injuriada pela profissional da saúde ao  dizer que “ela tinha medo da presença da vítima ali (supermercado COEMA)  por ela “jogar uma bomba”. Declaração esta que na hora chocou a brasileira muçulmana que usava os abetos (lenço palestino) da religião.

A profissional da saúde quando viu a vítima gravando o ocorrido disse que era “brincadeira”. A vítima fez o B.O no 18º Distrito Integrado de Polícia (DIP), na zona Norte de Manaus.

Preconceito

Para Anwar Assi um amazonense descendente de libaneses, este tipo de atitude é reflexo do que está acontecendo na Palestina. “O preconceito religioso que aconteceu com a Ana Rita é algo inaceitável e deve ser combatido de todas as formas. Essa discriminação ocorreu no momento em que ela tomava a sua vacina com uma máscara da Palestina e um lenço muçulmano na cabeça. O preconceito que ela sofreu ocorreu, também, num momento delicado em que tem aumentado a violência contra os palestinos, com mais de 58 crianças e 32 mulheres palestinas mortas. “, disse  o jornalista de tradicional família Libanesa qye tem mais de 100 anos ,em Manaus, com a chegada dos  tios dele, em 1914.