Brasileiro de 10 anos que aprendeu a falar com 6 meses tem QI maior que 99,8% das pessoas do planeta
Miguel Manoel de Oliveira é morador de Praia Grande (SP) e aprendeu a ler e escrever sozinho aos dois anos de idade.
03/05/2023 13h20
Uma criança de Praia Grande, no litoral de São Paulo, vem chamando a atenção nas redes sociais por conta do seu quociente de inteligência (QI) de 144 na Escala Wechsler, considerado superior ao de 99,8% da população mundial. As altas habilidades e superdotação fizeram com que Miguel Manoel de Oliveira fosse aceito em uma sociedade internacional para superdotados, a Intertel.
Ao g1, nesta quarta-feira (3), a mãe de Miguel, Rosangela Manoel da Silva, de 40 anos, contou que o menino de apenas 10 anos começou a falar as primeiras palavras aos seis meses de idade. Porém, como cantava músicas e contava histórias para o menino, acreditava que essa era uma resposta aos estímulos.
“Quando ele fez um ano, já falava muito bem, certinho e conjugava os verbos. Na festinha de um ano ele conversou com as pessoas e as pessoas mesmo começaram a notar uma certa diferença nele”, lembrou.
Segundo Rosangela, Miguel aprendeu a ler e escrever aos dois anos de idade. “Ninguém ensinou nada, foi sozinho e foi um susto, porque de um dia para o outro ele mostrou que já sabia […]. Eu achava que ele estava reproduzindo o comportamento dos adultos, mas depois eu percebi que ele realmente já estava lendo”.
Rosangela afirma que, quando Miguel tinha quatro anos, a escola entrou em contato e solicitou que eles procurassem um médico. A suspeita era de Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), já que o menino conversava muito durante as aulas.
Ao levá-lo no Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, a mãe recebeu a suspeita de altas habilidades e superdotação. Ela passou a investigar, até receber o laudo da confirmação de uma neuropsicóloga.
Hoje, de acordo com Rosangela, Miguel sabe tocar instrumentos como teclado, flauta, violino e bateria, decorou o nome de bandeiras de diversos países e tem facilidade em aprender inglês, espanhol e francês. O menino adquiriu todas as habilidades sozinho.
“O mais importante é ele ser feliz e realizar os sonhos dele. Desde os dois anos, ele diz que quer ser médico. No começo, falava que era médico que cuida da cabeça das crianças. Hoje, já fala neuropediatra […]. Tem muito interesse em assuntos relacionados a doenças e tratamentos”.
Morador de Praia Grande (SP), de 10 anos, é aceito em sociedade internacional exclusiva para pessoas consideradas superdotadas — Foto: Arquivo Pessoal
Sociedade de Superdotados
Fundada em 1996, a Intertel é uma das sociedades exclusivas para pessoas com uma pontuação de QI superior a 99% da população mundial, assim como Miguel. Para entrar, é preciso comprovar o QI por meio de diversos testes e laudos de neuropsicólogos.
Rosângela decidiu enviar o laudo de Miguel para a Intertel e para outra sociedade de alto QI, a Mensa, na qual ainda não obteve resposta, com o objetivo de fazer com que ele tenha contato com outras pessoas superdotadas e consiga vagas em cursos e escolas que atendam a necessidade de uma criança com o QI elevado.
“Conhecer pessoas com superdotação é importante para o Miguel. Ter acesso aos seus pares e conversar com pessoas como ele. Ele sente falta de se relacionar com pessoas parecidas com ele”.
Miguel Manoel de Oliveira aprendeu a ler e escrever sozinho aos dois anos de idade — Foto: Arquivo Pessoal
Especialista
A neuropsicóloga infantil Gabriele Lauer, responsável por identificar as altas habilidades de Miguel, explicou que o QI é utilizado para determinar o grau de inteligência de uma pessoa. Segundo ela, para ser considerado superdotado é preciso ter um QI acima de 130.
A especialista acrescentou não existir evidências sobre uma criança ‘superdotada’ desde o nascimento. As habilidades, de acordo com a profissional, são uma combinação de fatores, como a genética, ambiente e experiências de vida.
“Muitas das vezes são crianças com desenvolvimento precoce na área da linguagem, raciocínio lógico e conhecimento para a alfabetização como leitura, escrita e facilidade com cálculo matemático”, explicou Gabriele.
A neuropsicóloga acrescentou que existem também os ‘Superdotados Criativos-produtivos’. Segundo ela, estes não se destacam necessariamente na esfera intelectual, mas na capacidade excepcional de gerar ideias e soluções para criar, produzir e resolver problemas complexos.
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