Manaus, 24/04/2024

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Brasileiro preso com carne humana tem prisão estendida e deverá comparecer ao Tribunal de Amsterdã em junho

Begoleã Fernandes é natural de Matipó, na Zona da Mata mineira — Foto: Redes sociais
Begoleã Fernandes é natural de Matipó, na Zona da Mata mineira — Foto: Redes sociais
31/03/2023 13h20

O brasileiro Begoleã Mendes Fernandes, de 26 anos, suspeito de homicídio e preso em Lisboa com carne na mala, teve a prisão preventiva estendida por 90 dias. A decisão foi tomada na última terça-feira (28), conforme informações do Ministério Público dos Países Baixos, que tem escritório em Amsterdã, na Holanda.

Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o período total da prisão não pode exceder 110 dias, sendo seis sob custódia policial, 14 em detenção e 90 em prisão preventiva. A expectativa é que os processos judiciais comecem dentro deste período.

Ainda conforme o Ministério Público, Begoleã, atualmente, não é suspeito de canibalismo. Ele é investigado pelo assassinato do também brasileiro Alan Lopes.

No final de junho, Begoleã será citado para comparecer ao Tribunal de Amsterdã em sessão pública.

Preso no aeroporto de Lisboa

Begoleã foi preso no Aeroporto Internacional de Lisboa no dia 27 de fevereiro por falsificação de documentos. Ele pretendia viajar para Belo Horizonte e transportava carne na bagagem. Um jornal português divulgou que a carne é de origem humana, mas o laudo oficial ainda não foi divulgado.

Após contato com autoridades da Holanda, país onde o homem vivia, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português descobriu que ele era suspeito de um homicídio registrado em Amsterdã no dia 26 de fevereiro.

A vítima é o também brasileiro Alan Lopes, de 21 anos, que vivia com a família na Holanda. Begoleã acusou Alan de ser canibal e disse a amigos que foi convidado para a casa da vítima para comer a carne de um homem que ele tinha matado. O suspeito ainda falou que matou o amigo após ele tentar “pegá-lo”.

No entanto, a polícia holandesa já confirmou que a carne encontrada na casa da vítima era de origem animal.

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