Manaus, 11/05/2025

Amazonas

Burocracia da Secretaria da Central de Inquéritos Policiais impede andamento do processo contra policial que atirou no quarto de um bebê

Burocracia da Secretaria da Central de Inquéritos Policiais impede andamento do processo contra policial que atirou no quarto de um bebê
19/06/2023 19h40

Somente após três anos do crime, a polícia civil do Amazonas iniciou o processo administrativo disciplinar contra o PM, porém o processo judicial está parado na Central de Inquéritos por má vontade da direção.

O descontrole emocional é algo tão sério que pode destruir a carreira de um policial militar e traumatizar para sempre uma família é o caso do cabo da PM André Felipe ao dar dez tiros no apartamento do vizinho, Eduardo Michilles, atingindo o quarto do filho dele na época um bebê, dentro de um condomínio localizado no bairro da Paz, na zona Centro-Oeste, crime este ocorrido 2020.

O cabo responde a um processo administrativo instaurado tanto pela polícia militar, quanto a polícia civil. No dia do crime de homicídio tentado o policial teve a arma apreendida e periciada. Na época, ele foi ouvido na sede da Corregedoria Geral de Segurança Pública junto com outras testemunhas e o apartamento alvo dos disparos passou por perícia, mas segundo o advogado da vítima Vilson Benayon, a falta de vontade da secretaria da Central de Inquéritos Policiais impede o andamento do processo judicial que começou tarde, ou seja, somente após três anos do ocorrido.

“A secretaria se abstém de fazer o ofício da Polícia Civil solicitado para anexar nos autos do processo as provas enviadas fotos, vídeos … contra o policial para juntar ao inquérito e hoje estou pedindo para instaurar processo administrativo contra a diretora da Central de Inquéritos Policiais para apurar esse desleixo de dois meses do processo parado a espera de um ofício da polícia civil”, disse Vilson Benayon.

Na última sexta-feira (16), foi protocolado por Vilson Benayon o pedido disciplinar contra a diretora da vara por ela retardar o processo que está parado há 60 dias e, nesta segunda-feira (19), a advogada que também está no caso foi a Corregedoria da Polícia para questionar a demora no andamento do processo.

Quarto de bebê crivado de balas

Através de filmagens o policial foi flagrado dentro do estacionamento do condomínio fazendo graves ameaças de morte ao vizinho que havia denunciado a administração do condomínio uma festa de aniversário ocorrida na madrugada de domingo, indo contra as normas do próprio condomínio que estabelece horário limite para eventos até meia noite.

Inconformado com a denúncia, além de ameaçar de morte o vizinho, André Felipe deu vários disparos no quarto do filho do casal, um bebê de 2 anos, que não morreu porque dormia em outro quarto o dos pais.

A sombra do medo

Na época com medo do policial, a família teve que mudar de endereço e atualmente a família mora escondida com receio de retaliações por parte do PM, até hoje a criança traumatizada passa por tratamento com psicólogo.

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