Manaus, 16/05/2024

Amazonas

CAPRICHOSO ENTREGA MAIS DE 20 TONELADAS DE ALIMENTOS EM PARINTINS

29/05/2020 14h40

Todos os setores da Associação Cultural Boi-Bumbá Caprichoso, em Parintins, são beneficiados com alimentos arrecadados durante a live realizada no dia 1º de maio, com apoio de patrocinadores, parceiros, empresas e da nação azulada em geral. Os primeiros a receber cestas básicas foram os artistas de alegorias, ajudantes de galpão, pastelagem, carpinteiros, oficina, serviços gerais, recepcionistas, eletricistas, bombeiros civis, enfermeiros, entre outros, logo na primeira semana de maio.

A Diretoria do Caprichoso elaborou um cronograma de entrega para evitar aglomerações e seguir todos os protocolos recomendados pelas autoridades de saúde em prevenção ao novo coronavírus. Os alimentos também chegaram às mãos de desenhistas, equipe técnica do Conselho de Arte, trabalhadores do ateliê (galpãozinho), costureiras, cênica, paikicés (empurradores de alegorias), coordenadores do tribal, cantores de curral, escritório administrativo, comunicação, vigias, banda musical, eventos, Raça Azul e vaqueirada.

As cestas básicas ainda contemplaram os grupos de dança e coreógrafos do bumbá. O presidente do Caprichoso, Jender Lobato, fica emocionado em levar alimentos para a mesa de quem constrói o festival de Parintins e precisa desse amparo para encarar a pandemia. “Nossas vidas foram afetadas, mas não perdemos a esperança e o nosso boi se transformou em uma bandeira de luta contra essa doença. O alimento é necessário e tenta afagar esse problema gerado pelo coronavírus, que é a fome”, ponderou.

O presidente do Conselho de Artes, Ericky Nakanome, entende que o momento é de grande importância em estender a mão ao próximo, porque o Caprichoso levanta a bandeira da solidariedade. “Todas as pessoas que são ligadas ao boi são atores do meio cultural. Essas pessoas, tanto músicos, bailarinos, artistas visuais, estão paradas. Elas dependem financeiramente da festa do boi-bumbá para alimentar suas famílias e viver. Essa é uma ação para amenizar e atenuar essa situação em que as pessoas que dependem do festival estão passando”, declarou.

Lucinei Carvalho Martins, mãe do marujeiro e cadeirante Railson da Silva Gomes Filho, 11 anos, disse que a ação é gratificante, em meio à crise causada pela pandemia. “A gente nunca imaginava que fosse acontecer isso aqui no Amazonas, em Parintins. Meu filho falou que esse ano ele daria o melhor de si na Marujada de Guerra, vinha com tudo, pois no ano passado ele estava meio nervoso. O Railson é cadeirante, não pode andar, e eu cuido dele como se fosse um bebê. Para mim, ele é tudo e vive muito feliz. Somos muito gratos a Deus e toda família Caprichoso”, destacou.

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