Uma clínica de estética de Fortaleza é investigada pela polícia civil do Ceará após ter divulgado imagens de clientes nuas em seu perfil nas redes sociais.

Nas publicações, uma pessoa diz ter invadido a conta do estabelecimento e acusa a esteticista Val Silveira de gravar as mulheres que frequentavam o local para, depois, expor as vítimas na internet em troca de ganho financeiro.

A investigação está sendo conduzida pela Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM), que realiza diligências para esclarecer se, neste caso, houve crime contra a dignidade sexual, praticado em ambiente virtual.

O caso ganhou repercussão depois que a empresária e influenciadora Beth Campêlo, uma das vítimas expostas pelo perfil da clínica, denunciou o crime em seu perfil no Instagram nesta quarta-feira (13).

“Estou com ódio de estar chorando”

De acordo com a vítima, as clientes eram filmadas nuas enquanto se vestiam após a realização dos tratamentos estéticos. “Era meu momento de relaxar, nunca imaginei que a Val faria isso”, cometa a empresária visivelmente abalada com a situação. “Estou com ódio de estar chorando”, diz ela.

A influenciadora conta que Val fingia estar gravando áudios no celular para flagrar as vítimas nuas. “Não tinha como a gente saber que ela estava gravando a gente”, enfatiza.

Beth também relata que recebeu vídeos nos quais a esteticista gravou os próprios filhos, menores de idade, sem roupa. Os áudios dessas supostas gravações foram compartilhados no perfil da influenciadora.

Ainda de acordo com ela, Val Silveira criou um grupo no Whatsapp, no qual incluiu diversas vítimas dos “nudes” vazados. A esteticista teria argumentado que não gravou os vídeos, e que seu celular foi invadido por uma pessoa de São Paulo, que tinha acesso remoto à câmera dela ininterruptamente.

A polícia civil informou que a proprietária da clínica também registrou um boletim de ocorrência, no qual afirma que teve seu perfil invadido.