Manaus, 09/05/2025

Economia

Com dívidas de R$ 11 bilhões, Light pede recuperação judicial

Com dívidas de R$ 11 bilhões, Light pede recuperação judicial
12/05/2023 12h40

Quase três meses após a contratação da assessoria financeira Laplace, a concessionária de energia Light entregou, nesta sexta-feira (12), seu pedido de recuperação judicial. A companhia informou por meio de fato relevante, divulgado nesta sexta-feira, que as obrigações que eventualmente poderão ser renegociadas por meio da recuperação judicial somam cerca de R$ 11 bilhões.

A Light diz que vinha avaliando alternativas e empreendendo esforços na busca do equacionamento de obrigações financeiras, “inclusive mediante tratativas com certos credores no âmbito de procedimento de mediação devidamente instaurado e em curso na presente data”. No entanto, a Light cita que a situação se agravou, “embora siga avançando nas negociações”.

O pedido segue-se a uma tentativa de mediação forçada com credores, levada à Justiça pelos escritórios Salomão, Kaiuca, Abrahão, Raposo Cotta e pelo Galdino & Coelho, que também suspendia as cobranças por 30 dias. O prazo expirou nesta quinta-feira (11).

A pretensão da Light era, não só avançar numa conversa com seus credores, mas também com a Aneel, órgão regulador, para antecipar à renovação da concessão em termos financeiros melhores aos que a companhia tem hoje. As negociações com os credores, no entanto sequer começaram, de acordo com fontes próximas à questão.

Uma das dificuldades que a Light enfrentou para avançar nas negociações era o fato de que alguns grupos não quiseram assinar acordos de confidencialidade que lhes permitiria ter acesso a informações mais completas sobre a companhia, já que a contrapartida seria a impossibilidade de negociação dos títulos no mercado secundário.

Os credores já vinham irritados com o fato de a Light suspender os pagamentos de obrigações com debêntures (títulos de dívida), afetando o recebimento de cerca de R$ 400 milhões. Isso porque, ao estar vetada do pedido de recuperação judicial, a empresa não poderia usar a mediação com suspensão das cobranças. Muitos interpretaram a saída como uma invenção jurídica.

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