Cristiano Ronaldo foi apresentado oficialmente como novo jogador do Al-Nassr, da Arábia Saudita, clube pelo qual assinou contrato pelas próximas três temporadas, que devem garantir quase 200 milhões de euros (cerca de R$ 1,09 bilhão) por ano entre salários e acordos de publicidade.
O jogador e a companheira, Georgina Rodríguez, porém, devem enfrentar uma dificuldade, ao menos no papel, para viver no país árabe. Legalmente, e por motivos religiosos, a Arábia Saudita impede que pessoas que não tenham um matrimônio formal convivam na mesma residência, caso do português e da modelo, que não têm um registro de casamento.
Segundo dois advogados especializados na lei islâmica, porém, as regras não são aplicadas com muito rigor. Em conversa com a agência EFE, o casal não terá dificuldades para habitar na mesma casa.
— Embora as leis ainda proíbam a coabitação sem contrato de casamento, as autoridades começaram a “fechar os olhos” e a não perseguir ninguém. Claro, essas leis são usadas quando há um problema ou um crime — apontou um advogado, que não teve o nome revelado.
O outro especialista ouvido pela agência acrescenta que, desde que Mohammed bin Salman foi nomeado príncipe herdeiro, há cinco anos, houve “progressos no campo dos direitos humanos das mulheres, embora o país ainda esteja muito atrás do Ocidente”.
— As autoridades sauditas, hoje, não interferem nesta matéria [no caso de pessoas que vêm de fora do país], mas a lei continua a proibir a coabitação fora do casamento — afirma.
Além disso, ainda segundo a reportagem, o casal estaria tentando providenciar uma autorização em forma de visto para que o casal possa morar junto no país, mesmo que a duração do documento tenha de ser estendida com o passar dos meses.
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