Por conta da pandemia de Covid-19, os trabalhos remoto (home office) e híbrido (que alterna atividades em casa e no escritório) se popularizaram no Brasil. Para se ter uma ideia, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 8,2 milhões de pessoas passaram a trabalhar em casa nesse período. Mas qual as vantagens e desvantagens dessa flexibilidade? Para o professor do curso de Gestão da Faculdade Santa Teresa (FST), Américo Minori, executar as atividades onde o colaborador estiver, sempre precisar se deslocar até o escritório, é um dos pontos positivos.

Com as possibilidades que a internet oferece, não precisa necessariamente que o colaborador esteja sequer na sua residência. Uma cafeteria, uma mesa compartilhada em um coworking ou até mesmo durante um trajeto de carro ou avião, de qualquer local o colaborador pode abrir o notebook ou o smartphone e atender alguma demanda do escritório.

A redução de tempo de locomoção, facilidade de recrutamento e contratação e melhoria de produtividade são outras vantagens dessas modalidades de trabalho à distância. “Para que a força de trabalho seja bem-sucedida é necessário que haja confiança, ferramentas de comunicação, colaboração e uma cultura saudável”, acrescenta o professor do curso de Gestão da FST, José Arcanjo.

No entanto, o professor Américo alerta que o trabalho remoto e híbrido também pode trazer impactos à saúde mental do trabalhador. Recentes pesquisas mostraram o crescimento de problemas como depressão, ansiedade e burnout (esgotamento profissional) de quem aderiu a essas modalidades, por ter que passar a gerenciar questões de trabalho e familiares, no mesmo ambiente.

Por isso, é fundamental que quem atua tanto de forma remota quanto híbrida, organize o tempo de trabalho, de descanso, momentos a ser compartilhados com família e lazer. Estabelecer limites, dizem eles, é fundamental para que o trabalhador esteja descansado e produtivo no dia seguinte.