Giovanna Sousa, de 21 anos, é acadêmica de Ciências Sociais e e Direito na Faculdade Martha Falcão, além de está de especializando em Ciência Política na Universidade Federal do Amazonas. Atualmente, Giovanna também promove eventos educacionais para uma empresa associada a ONU, da aulas de política nacional e internacional para secundaristas e também de oratória, negociação e etiqueta para tais eventos.

De Giovanna por Giovanna

1 – Como engajou na política?

Durante o ensino médio eu comecei a me interessar pela política local e nacional, foi um momento crítico, era governo Dilma, e foi momento de muitas manifestações, inclusive as jornadas de junho, o gigante acordou, por aí vai. Naquela época, eu tive vários professores que me incentivaram a estudar sobre esses assuntos e participar de simulações de órgãos nacionais e internacionais, debates jurídicos, júri simulados… Então eu fui pegando o gosto, estudando e simulando bastante. Até que um dia eu participei de uma competição nacional de debate e fiquei classificada entre os melhores do Brasil.
Então, nesse ponto, eu me perguntava, como eu posso mudar a realidade que vivemos? e eu tive duas respostas. Primeiro, eu devo ser aquilo que eu acredito, dar o exemplo, esse é o pontapé inicial. E segundo, pra ajudar outras pessoas, participar da política é o próximo passo, porque assim eu seria agente de mudança real.

Então, ingressei na faculdade de ciências sociais, e decidi me especializar em ciências políticas, porque eu queria entrar pra fazer bem feito. Na UFAM eu me envolvi com o movimento estudantil, participei de campanhas de eleições internas, algumas manifestações de direita, promovi eventos de cunho conservador. Mas ainda faltava mais conhecimento técnico, portanto, eu decidi ingressar na faculdade de Direito, onde participei do centro acadêmico, fiz parcerias com cursinhos e alguns eventos educacionais também.
O resultado de juntar ciências sociais e direito me deu um leque de conhecimento que, hoje, eu posso pisar firme no chão e dizer que é isso que eu quero. Para agregar ainda mais, também fiz alguns cursos pelo Senado Federal, como desenvolvimento de equipes e para vereança.

2 – Segmento ou Bandeira?

Eu acredito que o que nós mais precisamos é de representatividade renovada e qualificada. Tem que querer e saber fazer. E eu como mulher e jovem, quebro mais uma barreira, pois trago comigo a inovação dentro do cenário político. Portanto, as minhas principais bandeiras são: Renovação política de qualidade, juventude e mulheres.

Porque não basta só renovar, tem que ser alguém que quer fazer, sabe o que fala e como chegar lá. A renovação é necessária para romper os laços com a velha política, cuja só traz decepção, corrupção e é cega às  necessidades do povo.

A juventude porque traz consigo toda aquela garra e força de vontade, não tem vícios políticos e por si só é inquieta, portanto, traz a ruptura das velhas práticas.

E As mulheres porque, além de serem mais da metade da população do Brasil, no nosso estado e metade da população de manaus, nós ainda temos uma representatividade quase que inexistente. Na CMM, representamos apenas 7%. Quando falo essa porcentagem, ainda parece muito, eu vou falar de números concretos. Nós temos apenas 3 mulheres ocupando cargo de vereança, das 41 cadeiras. Pra mim, isso é incompatível com a realidade da nossa cidade, portanto, precisamos de mais representatividade.

3 – Insatisfação com a política atual

Acredito que há muito tempo nós estamos mal representados politicamente. Onde o povo não tem voz e a corrupção impera. Por isso, precisamos de uma mudança radical. Tirar as pessoas mal intencionadas, aqueles que nada ou pouco fazem pela nossa cidade e lutar pela renovação de qualidade, anticorrupção.

Da redação