CPI vai investigar Marcellus Campêlo, Pazuello e outros 12; veja os nomes
18/06/2021 11h38
Em entrevista coletiva à margem da sessão da CPI da Pandemia nesta sexta-feira (18), o relator senador Renan Calheiros (MDB-AL) divulgou uma relação de 14 pessoas que serão tratadas de agora em diante como investigadas pela comissão.
Os nomes do deputado federal Osmar Terra e do assessor da Presidência Filipe Martins, cotados para serem incluídos na condição de investigados, acabaram não sendo confirmados pelo relator da CPI. Por outro lado, foram incluídos os médicos Hélio Angotti Neto e Luciano Dias Azevedo.
Renan afirmou que o principal critério para colocar os nomes nessa lista foi já ter sido ouvido pela CPI ou ter indícios suficientes contra a pessoa.
Ele fez, ainda, menção específica ao caso do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que afirmou ter tido uma “participação pífia e ridícula” ao ser ouvido pelos senadores da Comissão.
“Tentou dizer na CPI que teria autonomia que faltou a [Nelson] Teich e [Luiz Henrique] Mandetta. Os fatos logo demonstraram o contrário. Ele defendeu vacinação e o presidente, no dia seguinte, disse que encomendaria decreto contra utilização das máscaras”, declarou.
Veja a lista dos investigados pela CPI (na ordem anunciada pelo relator):
Elcio Franco, ex-secretário do Ministério da Saúde;
Arthur Weintraub, ex-assessor da Presidência;
Carlos Wizard, empresário;
Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde;
Ernesto Araújo; ex-ministro das Relações Exteriores;
Fabio Wajngarten; ex-secretário de Comunicação;
Francieli Fantinato; coordenadora do Programa nacional de Imunização;
Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde;
Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas;
Marcelo Queiroga, ministro da Saúde;
Mayra Pinheiro; secretária de gestão e trabalho do Ministério da Saúde;
Nise Yamaguchi, médica;
Paulo Zanoto, médico;
Luciano Dias Azevedo, médico anestesista.
Reclassificação de documentos pela CPI
O relator também falou sobre a reclassificação de milhares de documentos feita pela CPI nesta semana, retirando o sigilo deles.
“É muito importante para a investigação porque, como vocês sabem, é uma investigação coletiva. O relator é apenas um sistematizador dos trabalhos, um redator dos trabalhos, mas todas as decisões são colegiadas”, disse Renan.
“Não há na comissão parlamentar de inquérito decisão monocrática. A reclassificação desse sigilo, estritamente na forma da lei, ocorre para que tenhamos não só o controle, mas a participação social – e da imprensa, sobretudo – no dia a dia da investigação”, completou.
Antes, sobre essa questão, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) havia pedido apoio para análise em razão do grande volume de material.
“Nós exaltamos, rogamos, pelo apoio de vocês [da imprensa e do público] na pesquisa destes documentos para trazer mais informações e mais luzes para atuação dessa CPI.”
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