Manaus, 25/04/2024

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DE BURNOUT A DEPRESSÃO: DOENÇAS PSICOLÓGICAS LIGADAS À VIDA PROFISSIONAL

DE BURNOUT A DEPRESSÃO: DOENÇAS PSICOLÓGICAS LIGADAS À VIDA PROFISSIONAL
03/12/2020 15h10

O ano de 2020 foi conturbado e trouxe muitos desafios a todos os setores da sociedade, tanto na esfera individual quanto nos meios coletivos. Ansiedade e depressão são palavras mais comuns no ambiente corporativo (e na vida pessoal) hoje em dia do que há anos, cenário que foi agravado durante a pandemia. Companhias em todo mundo têm registrado quedas de produtividade e lucros devido à ansiedade e depressão de seus colaboradores.

De acordo com uma pesquisa feita pela Mastercard, 62% dos brasileiros passaram a se preocupar mais com sua saúde mental, enquanto 58% acreditam que cuidar da saúde se tornou essencial. A pandemia trouxe uma nova realidade para a área de recursos humanos, mudando a maneira como as equipes interagem e trabalham.

Nesse contexto de mudanças, muitos colaboradores sentiram o peso do cansaço físico e mental, e o ritmo de produtividade desacelerou. Mesmo em meses de quarentena, descansar foi uma tarefa complicada. Afinal, não é fácil desligar a mente das preocupações sobre temas como a saúde e a economia. Além disso, muitas equipes trabalharam a mais para suprir a necessidade das empresas no período. O resultado: o aumento de problemas psicológicos ligados ao ambiente de trabalho.

“Os índices de pessoas no mercado de trabalho com crises de ansiedade, pânico, burnout e depressão no Brasil são estarrecedores. Nós vemos crescer as soluções paliativas para minimizar os sintomas, mas precisamos discutir cada vez mais a raiz do problema. Se não fizermos nada agora, unindo especialistas, líderes, gestores, todos os stakeholders, não haverá uma solução”, afirma a executiva e co-fundadora da Cia de Talentos, Sofia Esteves.

Os anos 2020 deverão ser marcados como aqueles que popularizaram a síndrome de burnout, ou esgotamento pelo trabalho. Caracterizado pela exaustão física e psíquica, o transtorno está registrado no grupo 24 da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas relacionados à Saúde (CID-11). No Brasil, 75% da população tem alguma sequela de estresse e 30% destes sofrem de burnout, de acordo com uma pesquisa da Isma-BR e da consultoria Betânia Tanure Associados. O resultado afeta diretamente a lucratividade da empresa. Quem sofre de burnout trabalha, em média, 5 horas a menos que os funcionários livres da síndrome.

Com informações do Exame

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