Manaus, 19/03/2024

Brasil

Delegada se assusta com frieza do depoimento do ajudante de pedreiro que matou menina que foi à padaria: ‘Crueldade’

Reidimar Silva (à direita), suspeito de matar Luana Marcelo Alves (à direita), de 12 anos, em Goiânia, Goiás.
Reidimar Silva (à direita), suspeito de matar Luana Marcelo Alves (à direita), de 12 anos, em Goiânia, Goiás.
30/11/2022 12h20

A delegada da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Goiânia, Caroline Borges, disse que se assustou com a frieza do depoimento do ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos ao detalhar como sequestrou, matou enforcada e enterrou o corpo da estudante Luana Marcelo Alves, de 12 anos, no quintal da casa dele em Goiânia.

“Cada caso que a gente pega, a gente acha que não tem o pior, mas esse foi com requintes de crueldade, sem motivação e sem razões para isso”, se espantou a delegada.

Luana Alves saiu para ir numa padaria perto de casa, no domingo (27), e não voltou para casa, no setor Madre Germana 2. A família registrou boletim de ocorrência por desaparecimento e a polícia passou a investigar.

Detalhes do crime

O ajudante de pedreiro Reidimar Silva, de 31 anos, contou à polícia como convenceu a Luana a entrar no carro dele:

“Falei para ela que estava devendo dinheiro aos pais dela e que iria passar o dinheiro para ela. Falei que ia levar ela na casa dela. Eu matei ela enforcada”, relatou o suspeito.

Reidimar contou à polícia que tentou estuprar Luana, mas ela resistiu. Por isso, ele enforcou a menina até a morte. Queimou o corpo dela, enterrou no quintal de casa e jogou cimento para dificultar as buscas da polícia.

Como o corpo foi encontrado dois dias depois de carbonizado e enterrado, a identificação da menina será feita somente por exame de DNA ou arcada dentária. Os resultados devem ficar prontos em 30 dias.

Reidimar disse que estava sob efeito de drogas e não apresentou motivação para o crime.

Quem era Luana

A menina Luana Marcelo Alves era dedicada aos estudos para realizar o sonho de ser médica, conforme revelou a avó Fátima Coelho.

Luana Alves, de 12 anos, foi queimada e enterrada por vizinho em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Luana Alves, de 12 anos, foi queimada e enterrada por vizinho em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

“A Luana era querida e amada por todos. Tinha o sonho de estudar medicina. Uma menina que não dava trabalho, era inteligente, honesta e estudiosa. Para quê fazer isso?”, lamentou Fátima Coelho.

O pai da menina, Robson Marcelo dos Santos, se desesperou quando a polícia encontrou o corpo da filha enterrado no quintal da casa do suspeito. Chorando muito, ele cobrou justiça pela morte da menina.

“Eu só desejo justiça. Não pode chamar de gente ou ser humano uma pessoa dessas”, desabafou Robson Marcelo.

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