O deputado Dermilson Chagas (Podemos) disse que apoia a atitude do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), que ingressou, na última segunda-feira (14), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), com um pedido de suspensão cautelar em impeachment contra o governador Wilson Lima. A medida cobra dos parlamentares a apreciação do segundo pedido de impeachment de autoria do Simeam, protocolado em dezembro de 2020.

O parlamentar disse que apoia a medida porque a gestão de Wilson Lima foi omissa e realizou diversas irregularidades na área da saúde durante os períodos mais críticos da pandemia, conforme revelado pela CPI da Saúde, realizada no ano passado na Aleam. “Nós vamos aguardar, para vermos se o presidente da Casa, o deputado Roberto Cidade (PV), irá botar no plenário para poder ser aprovado ou não”, disse Dermilson Chagas.

Dermilson Chagas disse que a gestão Wilson Lima é, desde o seu início, plena de escândalos e irregularidades nas principais pastas, especialmente a saúde. “Isso incomoda o cidadão de bem, incomoda quem procura a saúde e não acha, incomoda quando vemos mais de 13 mil mortes no nosso estado, incomoda quando nós lutamos pela instalação da CPI da Pandemia e ela não sai. Esse absurdo incomoda e o povo todo está vendo”.

Ele também questionou o papel da Aleam com relação ao fato de nenhum dos 15 pedidos de impeachment protocolados terem prosperado na casa até o momento. “Eu sou questionado todos os dias sobre o papel da Assembleia em relação ao governador. E todos os dias nós estamos vendo os fatos e nem precisa mais de documento para abrir uma CPI ou para caçar o governador, porque os relatos e os fatos estão todos materializados e já era para nós, deputados, termos afastado o governador. A Assembleia já era para ter feito esse papel. A Assembleia já deveria ter assumido uma postura com altivez com relação ao processo de cassação do Wilson Lima”.

Já o presidente do Simeam, Mário Vianna, disse que está cobrando dos parlamentares que eles cumpram o compromisso de defender os direitos da população. “Mais de 13 mil vidas foram perdidas pela falta de ações desse governo”, afirmou.

Os principais pontos do documento são os últimos acontecimentos referentes à CPI da Covid-19, no Senado Federal, desdobramentos da 4ª fase da Operação Sangria da Polícia Federal, além de denúncias que têm sido expostas pela imprensa desde 2019, antes da pandemia, que envolvem desvios de verbas públicas e contratações irregulares.

FOTO: MÁRCIO GLEYSON