Manaus, 20/04/2024

Política

Deputado Dermilson Chagas sugere destinação de recursos para fortalecer o Gaeco do MPE-AM

FOTO: MÁRCIO GLEYSON
FOTO: MÁRCIO GLEYSON
27/09/2021 16h31

Após a visita que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM) realizou à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), na última quinta-feira (23/9), o deputado Dermilson Chagas (Podemos) disse que o Gaeco precisa de recursos para investimentos na área de tecnologia de ponta para dar prosseguimento ao seu trabalho de realizar investigações e operações que resultam no desbaratamento de quadrilhas criminosas de alta periculosidade.

O deputado Dermilson Chagas destacou que, devido à importância do trabalho realizado pelo Gaeco/MPE-AM, é necessário que esse órgão disponha da melhor tecnologia disponível no mercado para atuar no mesmo nível que agências internacionais de combate ao crime. O parlamentar destacou que a aquisição de equipamentos e materiais para ações de contrainteligência é fundamental para a segurança pública do Estado.

O parlamentar ressaltou que os deputados estaduais podem auxiliar destinando recursos para o órgão para que ele possa se aparelhar devidamente e, assim, fortalecer as ações de segurança pública no Estado, sobretudo nos municípios do interior que são rotas para o tráfico de drogas e que tem reflexos terríveis na capital.

“Para esse órgão combater o crime organizado com uma eficiência elevada é necessário o que de melhor existe de tecnologia. E esse órgão precisa de ajuda. Eu acredito que, se nós fizermos uma emenda no orçamento e se cada deputado contribuir com emendas individualmente, nós vamos tornar essa instituição mais forte e combativa contra o crime organizado. A minha contribuição o Gaeco vai ter”, afirmou Dermilson Chagas.

Segurança pública tem problemas crônicos

O deputado Dermilson Chagas também criticou o Governo do Amazonas por não possuir uma política pública específica direcionada para o fortalecimento da segurança pública. O parlamentar disse que os problemas crônicos da segurança pública, como índices crescentes de assaltos, furtos, homicídios e tráfico de drogas é fruto da falta de organização do Governo do Amazonas e, sobretudo, pelo fato de a atual gestão não conseguir, por inexperiência, estabelecer áreas estratégicas de investimento dos recursos que o Estado tem de sobra.

“Não existe justificativa para a falta de investimento em nenhuma área porque o Estado tem um orçamento privilegiado. Em 2019, nós tivemos um excesso de arrecadação de R$ 3 bilhões. Fizemos um empréstimo para o Governo de mais de US$ 200 milhões e de mais R$ 400 milhões. Em 2020, o Estado fechou com um excedente de arrecadação de, praticamente, R$ 5 bilhões. Em 2021, nós autorizamos o empréstimo ao Governo de mais um R$ 1,5 bilhão. E, agora, já temos um excesso de arrecadação. Nós aprovamos nesta Casa um orçamento de R$ 21 bilhões. E a previsão para o Estado arrecadar de excedente é R$ 9 bilhões a mais. Então, não se justifica faltar nada neste Estado”, analisou Dermilson Chagas.

No último dia 15 de setembro, o deputado Dermilson Chagas denunciou da tribuna da Aleam que as escolas estaduais de Manaus estão sendo alvos de assaltos em dias consecutivos. Uma dessas escolas foi a Solon de Lucena, que é a unidade escolar com o maior número de alunos na capital. Ao todo, o Solon de Lucena tem mais de 2,6 mil estudantes nos três turnos. Apesar do ocorrido, nem a Secretaria de Educação (Seduc), nem a Secretaria de Segurança (SSP-AM) tomaram algum tipo de providência. Outras escolas também sofrem problemas com violência, como a Escola Estadual Raimundo Gomes Nogueira.

Drogas, assaltos e esfaqueamento

Não é de hoje que a Escola Estadual Raimundo Gomes Nogueira apresenta problemas para os alunos e deixa os professores e pais extremamente preocupados. A escola já foi alvo de assaltos várias vezes tanto dentro quanto fora da unidade de ensino. Casos de vendas de drogas para alunos dentro da escola também já foram relatados pela imprensa local. Brigas, furtos e até esfaqueamento já aconteceram no local.

Escândalos iniciaram em janeiro de 2019

O deputado Dermilson Chagas comentou que, pelo fato de ser um político de oposição, e em nome da população, é um dever seu denunciar todos os atos administrativos do chefe do Executivo e dos secretários de Estado que contêm irregularidades, especialmente os da gestão Wilson Lima, a qual, desde o seu início, em janeiro de 2019, está envolvida em subsequentes escândalos envolvendo fraudes em licitações, falta de investimento em áreas estratégias, sobretudo na segurança, educação e saúde, entre outros episódios que envolveram a Polícia Federal.

O parlamentar lamentou que o Amazonas tenha sido manchete internacional na última segunda-feira (20/9), quando o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tornou o governador do Amazonas réu no processo que investiga a responsabilidade de Wilson Lima e de mais 12 pessoas na compra superfaturada de ventiladores respiratórios durante a primeira fase da pandemia.

Na ação, Wilson Lima é acusado dos crimes de dispensa de licitação sem observância das formalidades legais, fraude em licitação por aumento abusivo de preços e sobrepreço peculato e organização criminosa. Dermilson Chagas enfatizou que o que eram indícios se tornaram provas irrefutáveis, ao ponto de a defesa do governador Wilson Lima, Nabor Bulhões, não conseguir derrubar na peça inicial do processo.

“Como deputado de oposição, o meu desempenho é voltado para as ações que consideramos como erros do Governo do Estado, apontando os sinais de corrupção e os equívocos das atitudes administrativas, principalmente desta atual gestão, cuja maioria dos titulares das principais pastas, não são pessoas técnicas e preparadas, que conhecem de leis e que são cientes de como funciona a máquina estatal, pois muitos deles são da iniciativa privada e cuja práxis é totalmente diferente. E eu creio que é por isso que há tantos erros administrativos desses gestores, que, em vários casos, atropelam a lei, por desconhecem como se desenvolvem os processos licitatórios”, exemplificou o parlamentar.

 

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