10/07/2022 11h00
Os suspeitos dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips serão transferidos para Manaus. A informação foi confirmada pela Polícia Federal do Amazonas neste sábado (9).
Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”, já saiu de Atalaia do Norte, cidade onde Bruno e Dom foram mortos, na manhã deste sábado. Jeferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”, e Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, irmão de Amarildo, seguem custodiados na delegacia da cidade.
Já “Colômbia” está preso em Tabatinga, cidade vizinha a Atalaia do Norte, desde quinta-feira (7), por uso de documento falso. Em depoimento à PF, ele negou ser o mandante das mortes do indigenista e do jornalista e qualquer envolvimento no caso. A Polícia Federal investiga se o homem chefia a pesca ilegal na região da Terra Indígena Vale do Javari.
A Justiça Federal já decretou a prisão preventiva dos quatro – Amarildo, Jeferson, Oseney e “Colômbia”, na sexta-feira (8). Com isso, eles vão responder aos processos presos.
PRISÃO DE COLÔMBIA
A PF prendeu o peruano Rubens Villar Coelho, conhecido como Colômbia, na última quinta (7). Uma das linhas de investigação aponta que Colômbia estaria incomodado com a atuação de Bruno Pereira, que chegou a apreender barcos e peixes que pertenciam à quadrilha.
O lucro da pesca ilegal de pirarucus e tracajás seria apenas um meio de lavar o dinheiro do narcotráfico.
Rubens Villar Coelho teria ainda ligação direta com os dois irmãos presos pela PF: Pelado e Dos Santos. Um tio de Pelado, que é líder comunitário, também é apontado como “funcionário” de Colômbia.
A PF explicou que, no momento, as investigações ocorrem em conjunto com o processo de reprodução simulada dos fatos, no qual os peritos remontam toda a dinâmica do crime para checar se as informações batem com os depoimentos e as provas materiais coletadas.