“O secretário do Interior, @RyanZinke, deixará a administração no final do ano depois de ter prestado serviços por um período de quase dois anos”, escreveu Trump no Twitter.
“Ryan conseguiu muito durante o seu mandato e quero agradecê-lo por seu serviço ao nosso país”, disse o presidente. Trump acrescentou que o substituto de Zinke será anunciado na próxima semana.
O secretário do Interior é responsável por supervisionar a conservação e extração de minérios em terrenos públicos que, somados, seriam maiores que um país como o México.
Mas Zinke foi alvo de várias investigações éticas, tornando-o um ímã para as denúncias dos democratas, afirma a agência France Press. Há denúncias de que o departamento de Zinke estava prestes a pagar quase US$ 139 mil para melhorar as portas de seu escritório, um custo que teria sido negociado mais tarde e caído para US$ 75 mil.
Ele também enfrentou críticas por custosos voos de helicóptero da polícia que, no ano passado, permitiram que ele voltasse a Washington para cavalgar com o vice-presidente Mike Pence.
“Ryan Zinke foi um dos membros mais tóxicos do gabinete pela forma como tratou nosso ambiente, nossas preciosas terras públicas, e pela forma como tratou o governo como se fosse seu”, disse o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer.
Para além das acusações, Zinke – um antigo militar da Marinha – ficou marcado pelos norte-americanos pelo estilo caubói. No ano passado, em seu primeiro dia de trabalho, o secretário chegou ao escritório em Washington montado em um cavalo.
Mudanças no governo dos EUA
Junto com o primeiro chefe da Agência Ambiental dos Estados Unidos da era Trump, Scott Pruitt, que renunciou em julho em meio a uma série de escândalos por falhas éticas e gastos excessivos, Zinke apoiou o projeto do presidente de reduzir drasticamente as leis ambientais e expandir a produção de energia.
O anúncio acontece uma semana depois do anúncio da saída do chefe de gabinete da Casa Branca – John Kelly, outra figura do alto escalão de Trump, deixa o cargo no fim do ano.
Na sexta-feira, Trump escolheu Mick Mulvaney, diretor do Escritório de Administração e Orçamento, para preencher o cargo de Kelly. Mulvaney será a terceira pessoa a ocupar o cargo desde que o presidente assumiu o cargo em janeiro de 2017.
Uma série de importantes funcionários deixou a Casa Branca sob o comando de Trump, incluindo um secretário de Estado, dois conselheiros de segurança nacional, um procurador-geral e o chefe da Agência Ambiental.