MANAUS – A entrega ao Ibama/AM do Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do trecho do meio da BR-319, depois de quase duas décadas do processo parado no órgão, foi considerado um passo importante pelo senador Plínio Valério (PSDB-AM) para a retomada das obras de recuperação da rodovia que irá reintegrar a população de Manaus com o resto do País por terra. No anúncio da entrega do EIA/Rima ao Ibama no final de junho , o ministro da Infraestrutura , Tarcísio de Freitas, afastou o risco de danos ambientais, já que foram criadas as unidades de conservação na região que atravessa, e ressaltou que as obras da estrada que já foi toda asfaltada na década de 70, irão ajudar a recuperação de trechos degradados.

_ Estamos animados com a entrega do EIA/RIMA do pedido de licenciamento ambiental do meião da BR-319 . Era o que estava faltando para o Ibama liberar essa questão que vem perdurando há tanto tempo. Espero que com isso o Ibama agilize e aprove de vez esse licenciamento. Está na hora de realizarmos esse sonho: o presidente quer, o ministro Tarcísio quer, os amazônidas querem . A estrada já está aberta há décadas. Passei agora lá no quilômetro 178, e tem caminhão adoidado vindo de Porto Velho, já passando . Ela é trafegável, só precisa ser reasfaltada para tirar a buraqueira e atoleiros na época das chuvas . Espero que o Ibama cumpra agora sua função _ comemorou Plínio Valério.
A licença ambiental que se arrasta desde meados dos anos 2000 , emperra a pavimentação do trecho entre os quilômetros 250 ao 655. Ao fazer o anúncio o ministro Tarcísio de Freitas se disse otimista com a decisão do Ibama e relatou que o órgão tem se mostrado mais aberto ao diálogo . Ele disse que a recuperação da BR-319 é uma promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro e que o Dnit já está começando a cumprir.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, o ministro da Infraestrutura ressaltou que a BR-319 é uma rodovia extremamente importante para o estado do Amazonas , principalmente do ponto de vista social . Diz também que junto com a pavimentação virá a recuperação das áreas degradadas , a reconformação de taludes, e o combate aos processos erosivos .

_ As pessoas precisam se reconectar com o resto do Brasil. Isso vai fazer a diferença na vida de muita gente que sofre com os atoleiros ano após ano. É uma rodovia que tem um custo social. E estejam certos, a pavimentação, no final das contas, ela vai ajudar o meio ambiente porque impermeabiliza aquele terreno, eu vou deixar de todo ano estar explorando jazidas e mais jazidas que vão se exaurindo com o tempo para fazer revestimento primário, que é um serviço que a gente perde todo ano , a gente está jogando dinheiro na lata do lixo . A rodovia de certa forma já foi protegida com uma série de unidades de conservação , criadas exatamente para que essa pavimentação fosse realizada _ defendeu Tarcísio de Freitas ao anunciar a entrega dos documentos ao Ibama.