A equipe do “Projeto Reeducar” realizou nesta semana as matrículas para os reeducandos interessados em participar de cursos oferecidos pelas unidades parceiras do projeto, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Idealizado e coordenado pela juíza Eulinete Tribuzy, titular da 11ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o projeto tem o objetivo de contribuir para a ressocialização dos reeducandos e reduzir os índices de reincidência em delitos.

As inscrições para as vagas nos cursos oferecidos pelo Senai iniciaram na segunda-feira (14) e encerraram na quarta (16). Os inscritos deverão frequentar as aulas nas próprias unidades formadoras. Foram oferecidas mais de 30 modalidades de cursos, sendo preenchidas 25 vagas, de acordo com a escolha do interessado.

“A principal demanda foi pelos cursos de mecânico em manutenção de motocicletas, padeiro, pizzaiolo, confeiteiro de bolo, operador de empilhadeira, informática básica, informática avançada, eletricista industrial, eletricista residencial, mecânico de climatização industrial e mecânico de climatização residencial. Esses foram os escolhidos pelos nossos reeducandos que receberam o encaminhamento, preenchendo 25 vagas”, destacou a diretora do Projeto Reeducar, psicóloga Nádia Teles.

Na quarta-feira, a equipe também abriu as inscrições para a oficina de Dindins Gourmet do Senac, que será realizada na própria sala do Projeto Reeducar, no Fórum Ministro Henoch Reis e já conta com três inscritos. O curso inicia dia 19 de fevereiro. “Esta é uma oficina voltada para o empreendedorismo, como possibilidade de geração de renda alternativa”, explicou Nádia Teles.

As palestras de orientação para os liberados provisórios encaminhados ao projeto pelas Varas Criminais e o Plantão de Custódia terão início somente em fevereiro.

O Projeto Reeducar

Desde a criação do projeto, em 2009, até o ano passado, participaram das atividades desenvolvidas pelo Reeducar 12.640 liberados provisórios, que compareceram às palestras atendendo a termo de compromisso assinado perante o Juízo. Do total, somente 3% voltaram a ser presos pela prática de novos delitos, de acordo com a coordenação do programa. O ano de 2018 teve 1.990 egressos cadastrados no projeto, de fevereiro a dezembro.