Neste mês, as Instituições Nelly Falcão de Souza (INFS), o Pinocchio Centro Educacional e o Colégio Martha Falcão, deram início a uma campanha sobre a importância da educação como atividade essencial. A ação tem como objetivo convidar a população para refletir sobre o papel da escola e o distanciamento dos alunos desse ambiente de acolhimento e socialização essencial para formação de seres humanos integrais.

A diretora das INFS, Nelly Falcão de Souza, explica que o acesso à educação é fundamental para possibilitar o desenvolvimento sadio de crianças e jovens. “É através da educação que formamos uma geração de adultos conscientes, cidadãos e seres humanos íntegros. Além disso, a escola é o principal espaço de cuidado para a maioria dos alunos”, aponta.

A campanha das INFS tem como meta a retomada gradual das atividades escolares de forma presencial, mediante a adoção dos protocolos rígidos de higiene e distanciamento, conforme foi adotado no ano passado. Outra bandeira do movimento é que os educadores sejam considerados grupo prioritário para imunização.

“No ano passado, medidas rígidas foram adotadas para conter a pandemia, por conta das incertezas da medicina quanto ao nível de contágio e gravidade do vírus em crianças. E agora, quase um ano depois, a ciência avançou e muito nas pesquisas sobre a Covid-19 e há um consenso que são raros os casos de infecções graves em crianças e que elas são as que menos transmitem o vírus”, argumenta a professora Nelly.

Estudos publicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas pela Infância (Unicef) e Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), destacam que o fechamento das escolas pouco contribui para a disseminação do vírus, mas pode causar danos irreversíveis a longo prazo para esta geração. 

A previsão é que, no próximo mês, os alunos das INFS retornem às aulas de forma híbrida. Sistema de rodízio, investimentos em Equipamento de Proteção Individual (EPI), lavatório móvel, acolhimento emocional e medidas de higiene fazem parte do protocolo adotado pelas escolas para garantir maior segurança a toda comunidade escolar. Os pais e responsáveis de crianças e adolescentes que fazem parte do grupo de risco ou que não se sentem seguros em regressar ao mesmo momento, as instituições continuarão oferecendo aulas remotas. 

A diretora das INFS ainda alerta que o distanciamento do ambiente escolar tem impactado negativamente na saúde mental e física de crianças de diferentes faixas etárias, mas principalmente aquelas que frequentam o Ensino Infantil (creche e pré-escola), em situação de vulnerabilidade.

“Diante de evidências científicas e o apelo de instituições internacionais de renome, a abertura das escolas, mesmo durante a pandemia, se faz urgente”, enfatiza Nelly Falcão, que ressalta a necessidade do Estado redefinir as prioridades e enxergar a educação escolar como um serviço essencial para a população.

No Amazonas, a deputada Therezinha Ruiz já apresentou um projeto de lei para que a educação seja considerada serviço essencial e tratada como prioridade nas gestões públicas, mesmo que em situações de emergência e calamidade. 

Em alguns Estados do país, há estudos ou já mudaram a classificação das escolas nos planos de contenção da pandemia do Covid-19 para que continuem abertas mesmo em estágios mais restritivos de isolamento.