Manaus, 11/05/2025

Política

“Existe liberdade para matar?”: Dino defende decreto sobre armas e diz que fechará clubes de tiro ilegais

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: REUTERS/Amanda Perobelli
26/07/2023 11h00

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu o novo decreto de armas, editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última sexta-feira (21), durante sua participação do programa “Bom Dia, Ministro” nesta quarta-feira (26).

“Tem muita gente reclamando [do novo decreto], eu lamento. São pessoas que fazem um discurso falso de defesa da liberdade. Existe liberdade de matar? Para cometer crime? Para fraudar? Para desviar arma para quadrilha?”, disse.

“Vamos intensificar a fiscalização nos clubes de tiro e aqueles que não cumprem a lei obviamente serão fechados”, acrescentou.

Segundo o ministro, os clubes de tiro cresceram nos últimos anos sem nenhuma regulamentação e assegurou que o novo decreto será cumprido.

“Infelizmente, na ausência de fiscalização, por trás de atividades legais, implantam-se atividades ilegais. Nós estamos preocupados com essa situação dos clubes de tiro que não cumprem a lei, então a diretriz do presidente vai ser cumprida”, declarou.

“A gente tem que fechar quase todos”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse na terça-feira (25) ser preciso fechar clubes de tiro que não pertençam às forças policiais do país.

“Eu já falei para o Flávio Dino que a gente tem que fechar quase todos [os clubes de tiro], só deixar aberto aqueles que são da Polícia Militar, do Exército ou da Polícia Civil. É organização policial que tem que ter lugar para atirar, para treinar tiro. Não é a sociedade brasileira. Nós não estamos preparando uma revolução. Eles tentaram dar um golpe, nós não. Nós queremos é preparar a democracia, fortalecer a democracia”, declarou o presidente.

“Por que o cidadão quer uma pistola 9 mm? O que ele vai fazer com essa arma? Coleção? Vai brincar de dar tiro? No fundo, esse decreto de liberação de arma que o presidente anterior fez era para agradar o crime organizado“, afirmou Lula em entrevista desta terça.

Ainda de acordo com o presidente, “quem consegue comprar [arma] é o crime organizado, quem tem dinheiro. Pobre, trabalhador, não tá conseguindo comprar comida, material escolar, brinquedo. Como é que as pessoas que trabalham vão comprar fuzil?, questionou Lula.

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