Manaus, 18/04/2024

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Família de Marcola é alvo de operação contra plano de fuga do líder do PCC

Família de Marcola é alvo de operação contra plano de fuga do líder do PCC
10/08/2022 13h10

A casa da família de Marco Willians Herbas Camacho, 54, o Marcola, apontado como o principal líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi um dos alvos de uma operação deflagrada hoje de manhã pela Polícia Federal para desarticular o plano de resgate de criminosos em penitenciárias federais de Brasília (DF) e Porto Velho (RO).

Além de Marcola, a facção criminosa também planejava resgatar Cláudio Barbará da Silva e Valdeci Alves do Santos, o Colorido. O grupo também pretendia sequestrar autoridades para conseguir a soltura de detentos, diz a PF.

Cerca de 80 policiais federais cumprem 11 mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão em Brasília, Campo Grande (MS), Três Lagoas (MS), São Paulo, Santos (SP) e Presidente Prudente (SP).

A casa de Cynthia Gigliolli Herbas Camacho e Camila Gigiolli da Silva, respectivamente esposa e cunhada de Marcola, foi um dos alvos de um dos mandados cumpridos em Alphaville, na Grande São Paulo.

Advogados de líderes do PCC também estão na mira da Polícia Federal. Na região de Presidente Prudente (SP), foram presas duas irmãs, as advogadas Juliana de Araújo Alonso Mirandola e Simone Alonso —Simone é esposa de Cláudio Barbará, um dos líderes do PCC preso em Brasília.

Ambas foram condenadas a oito anos e nove meses de prisão em janeiro de 2017 pela 1ª Vara Criminal de Presidente Venceslau, sob a acusação de integrar a célula conhecida como “sintonia dos gravatas”, o braço jurídico do PCC, responsável por levar e trazer recados para os líderes da organização.

O plano contava com uma rede de comunicação estabelecida entre advogados, que extrapolavam as suas atividades legais, ao transmitir tanto as cobranças dos custodiados quanto os retornos das mensagens dos criminosos envolvidos no resgate.

Para organizar as atividades ilícitas, os investigados se valiam dos atendimentos e das visitas em parlatório, usando como códigos para a comunicação situações jurídicas que, comprovadamente, não existiam de fato.

A operação foi batizada de “Anjos da Guarda” em referência aos servidores da Segurança Pública que se esforçam e se arriscam dia e noite para proteger a sociedade de criminosos.

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