Presidente do diretório paulista do PSL, o deputado federal Major Olímpio coordenou a campanha de Bolsonaro em São Paulo. Com discurso conservador, é um dos parlamentares integrantes no Congresso do grupo intitulado “bancada da bala”.
Policial militar desde 1978, foi deputado estadual por dois mandatos, de 2006 a 2014, quando se elegeu deputado federal. Ele conquistou uma cadeira no Senado após obter mais de 9 milhões de votos neste ano.
Em 2016, Olímpio elogiou da tribuna da Câmara o policial militar de São Paulo que trabalhava como motorista de Uber e matou três rapazes em uma tentativa de assalto. No discurso, disse: “São “três vagabundos a menos” e “Que o diabo os carregue mesmo”.
O deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR) e o senador Magno Malta (PR-ES) também estão entre os políticos do núcleo de confiança de Bolsonaro. O primeiro se elegeu deputado estadual pelo Paraná. O segundo não conseguiu se reeleger senador pelo Espírito Santo.
MP investiga assessor de Bolsonaro por suspeita de fraude em fundos — Foto: Reprodução/JN
Anunciado durante a campanha por Bolsonaro como ministro da Economia, o carioca Paulo Guedes, 69 anos, tem perfil liberal, favorável a privatizações e a menor participação possível do Estado na economia.
Formado em economia, Guedes concluiu mestrado e doutorado Universidade de Chicago (EUA), escola ligada ao pensamento liberal econômico. Bem-sucedido no mercado financeiro, foi um dos fundadores do banco Pactual e do Instituto Millenium. Hoje é sócio da gestora Bozano Investimentos.
Guedes ficou conhecido no período eleitoral pelo apelido de “Posto Ipiranga”, já que Bolsonaro admitiu que não entendia de economia.
Durante a campanha, o economista se tornou alvo de investigação do Ministério Público Federal que apura possíveis “crimes de gestão temerária ou fraudulenta” em investimentos feitos por fundos de pensão estatais.
Um dos militares mais próximos de Jair Bolsonaro, o general de exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, 71 anos, chegou a ser cotado para vice na chapa.
Ele participou da elaboração do plano de governo do presidente eleito e também auxiliou na interlocução do candidato do PSL com integrantes da cúpula das Forças Armadas.
Na reserva desde 2011, o general comandou a missão de paz das Nações Unidas no Haiti, foi comandante militar da Amazônia e chefiou o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército. Bolsonaro já o anunciou como futuro ministro da Defesa.
Além de Heleno, outros militares tiveram papel de destaque na formulação de propostas de Bolsonaro, como os generais Alessio Ribeiro Souto, na área de educação, e Oswaldo Ferreira, na área de infraestrutura.
General Mourão — Foto: Reprodução/GloboNews