Manaus, 29/03/2024

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FILHOS, GENERAIS E PARLAMENTARES| SAIBA QUEM É QUEM NO NÚCLEO POLÍTICO DE BOLSONARO

29/10/2018 11h30

G1 – O núcleo mais próximo do presidente eleito durante a campanha reuniu três dos seus cinco filhos, parlamentares, generais da reserva do Exército, um advogado e seu guru na área econômica.

Com a assessoria do grupo, o candidato do PSL venceu Fernando Haddad no segundo turno da eleição presidencial. Os apoiadores devem seguir próximos de Bolsonaro, cujo mandato começa em 1º de janeiro de 2019.

Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro

Os três filhos do primeiro casamento de Jair Bolsonaro se tornaram políticos e integram o núcleo mais próximo do presidente eleito.

Carlos, 35 anos, é vereador no Rio de Janeiro e um dos responsáveis por pensar a comunicação do pai, com forte presença nas redes sociais.

Flávio, 37 anos, é deputado estadual e se elegeu senador pelo Rio.

Eduardo, 34 anos, foi reeleito deputado federal por São Paulo com a maior votação da história (1,8 milhão de votos). Ele protagonizou uma das polêmicas da campanha eleitoral. Em vídeo de quatro meses atrás, ele afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) poderia ser fechado por um cabo e um soldado se a candidatura do pai fosse indeferida. Ministros do STF criticaram a declaração e Bolsonaro desautorizou o filho.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em sessão de comissão na Câmara — Foto: Antonio Cruz/Agência BrasilO deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) em sessão de comissão na Câmara — Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Onyx Lorenzoni

Um dos coordenadores da campanha, o médico veterinário Onyx Lorenzoni (DEM-RS), 64 anos, foi anunciado por Bolsonaro como ministro da Casa Civil, considerado um dos principais postos da Esplanada dos Ministérios.

Onyx está no quarto mandato consecutivo como deputado federal e foi reeleito com 183.518 votos. Antes, foi deputado estadual no Rio Grande do Sul, estado natal, por duas vezes (de 1995 a 2003).

Em 2016, Onyx foi relator na Câmara do pacote de medidas de combate à corrupção e fez mudanças no texto apresentado no plenário, descumprindo acordo com os demais parlamentares, o que gerou diversas críticas a ele.

No ano passado, admitiu ter recebido R$ 100 mil em caixa 2 da empresa JBS para pagar dívidas de campanha de 2014. O deputado alegou que, na ocasião, não tinha como declarar o valor na Justiça Eleitoral.

Deputado Major Olímpio (Gnews) — Foto: Reprodução GloboNewsDeputado Major Olímpio (Gnews) — Foto: Reprodução GloboNews

Deputado Major Olímpio (Gnews) — Foto: Reprodução GloboNews

Major Olímpio

Presidente do diretório paulista do PSL, o deputado federal Major Olímpio coordenou a campanha de Bolsonaro em São Paulo. Com discurso conservador, é um dos parlamentares integrantes no Congresso do grupo intitulado “bancada da bala”.

Policial militar desde 1978, foi deputado estadual por dois mandatos, de 2006 a 2014, quando se elegeu deputado federal. Ele conquistou uma cadeira no Senado após obter mais de 9 milhões de votos neste ano.

Em 2016, Olímpio elogiou da tribuna da Câmara o policial militar de São Paulo que trabalhava como motorista de Uber e matou três rapazes em uma tentativa de assalto. No discurso, disse: “São “três vagabundos a menos” e “Que o diabo os carregue mesmo”.

O deputado federal Fernando Francischini (PSL-PR) e o senador Magno Malta (PR-ES) também estão entre os políticos do núcleo de confiança de Bolsonaro. O primeiro se elegeu deputado estadual pelo Paraná. O segundo não conseguiu se reeleger senador pelo Espírito Santo.

MP investiga assessor de Bolsonaro por suspeita de fraude em fundos — Foto: Reprodução/JNMP investiga assessor de Bolsonaro por suspeita de fraude em fundos — Foto: Reprodução/JN

MP investiga assessor de Bolsonaro por suspeita de fraude em fundos — Foto: Reprodução/JN

Paulo Guedes

Anunciado durante a campanha por Bolsonaro como ministro da Economia, o carioca Paulo Guedes, 69 anos, tem perfil liberal, favorável a privatizações e a menor participação possível do Estado na economia.

Formado em economia, Guedes concluiu mestrado e doutorado Universidade de Chicago (EUA), escola ligada ao pensamento liberal econômico. Bem-sucedido no mercado financeiro, foi um dos fundadores do banco Pactual e do Instituto Millenium. Hoje é sócio da gestora Bozano Investimentos.

Guedes ficou conhecido no período eleitoral pelo apelido de “Posto Ipiranga”, já que Bolsonaro admitiu que não entendia de economia.

Durante a campanha, o economista se tornou alvo de investigação do Ministério Público Federal que apura possíveis “crimes de gestão temerária ou fraudulenta” em investimentos feitos por fundos de pensão estatais.

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