Manaus, 29/03/2024

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Financiamento imobiliário: saiba como escolher a melhor opção

Foto: Reprodução/internet
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23/08/2021 16h00

Ter o imóvel próprio é o sonho de milhões de pessoas e, com o mercado imobiliário aquecido, as taxas de juros para financiamento em patamares bastante atrativos, o momento é favorável para esse tipo de investimento. Mas antes de fechar um negócio é preciso estudar as possibilidades e avaliar que tipo de financiamento se encaixa melhor no orçamento.

O sócio proprietário da Lopes Consultoria em Manaus, Rodrigo Almeida, ressalta que o mercado imobiliário está prevendo o lançamento de pelo menos 10 novos empreendimentos até o final do ano, para diferentes públicos. Para o consumidor, diz ele, isso é muito bom, pois permite a opção de escolha, de acordo com a sua necessidade e orçamento.

Rodrigo destaca que a Lopes é uma imobiliária que atua oferecendo diferentes soluções para o cliente. “Contamos com um time de corretores e parceiros que estuda o perfil do consumidor para indicar a ele o melhor imóvel. Sabemos que adquirir um apartamento, casa ou outro imóvel é um investimento a longo prazo e, principalmente, um sonho realizado. Toda essa análise, desde o tipo de imóvel até o financiamento, é necessária para evitar dores de cabeça no futuro”, disse. A franquia da Lopes Consultoria em Manaus foi inaugurada recentemente, na avenida Pedro Teixeira, 300, bairro Dom Pedro I.

O financiamento imobiliário, linha de crédito oferecida pelos bancos a longo prazo para a aquisição do imóvel, é uma das principais preocupações do comprador no momento de fechar o negócio. Christiano de Souza Pereira, superintendente comercial da CrediPronto, empresa de financiamento imobiliário parceira da Lopes Consultoria, explica que o mercado oferece diversas opções de crédito. Entre elas, o Sistema de Amortização Constante (SAC), que é a principal linha de crédito praticada pelos bancos. Nessa modalidade, há uma amortização constante das parcelas, ou seja, mensalmente o valor reduz e, à medida que o saldo devedor baixa, a parcela também. Esse modelo é ideal para financiamento de longo prazo.

Tem ainda o financiamento pelo Sistema Francês de Amortização (PRICE), que tem como característica o valor reduzido da parcela no início do contrato. De acordo com Christiano de Souza, com o passar do tempo, esse “benefício” se perde, pois em um determinado momento, ao longo do financiamento, o valor da parcela em tabela PRICE, ficará superior ao contratado no SAC, por exemplo. A partir desse ponto, a tabela SAC continua sofrendo redução da parcela, e a PRICE, não. “Esse tipo de financiamento com tabela PRICE deve ser considerado para contratos de curto prazo”, orientou.

Outra modalidade de financiamento é a tabela Mix, utilizada por algumas instituições financeiras. Como o próprio nome diz, essa modalidade de financiamento mistura as tabelas PRICE e SAC.  O contrato segue a modalidade PRICE, até a parcela de número 36, e a partir daí, migram para o SAC.

O financiamento com taxa atrelada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi lançado recentemente por alguns bancos e chamou bastante atenção dos clientes por oferecer juros menores que os demais tipos de crédito imobiliário disponíveis no mercado. “O problema é que a taxa praticada nesta modalidade de financiamento está atrelada ao IPCA, indicador calculado com base na variação de preços do comércio, o que o torna mais exposto à volatilidade econômica. Isso pode trazer surpresas desagradáveis ao longo do financiamento imobiliário, caso o IPCA dê um salto em determinado mês, o que é bastante comum de acontecer”, afirmou.  Para Christiano de Souza, há benefício na contratação desta modalidade, desde que haja um cenário de controle no IPCA, e que o financiamento seja liquidado num prazo muito curto de tempo, reduzindo o período de exposição à volatilidade do IPCA.

Existe, ainda, o financiamento com taxa atrelada à poupança. Christiano de Souza diz que aproveitando o cenário de queda da taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), que chegou a 2%, seu menor patamar  em agosto de 2020. Permaneceu assim até março de 2021, quando sofreu elevação em 0,75%, passando para 2,75%, e marcando o início de um novo ciclo de alta. Alguns bancos lançaram esta linha de crédito para ofertar condições mais atrativas aos seus clientes, visto que este é o índice que corrige os rendimentos da poupança.

“O mais importante desta linha de crédito é observar que o cliente estará exposto à elevação da taxa Selic, que impactará diretamente no valor da sua parcela.  Essa modalidade tem sido bastante considerada por compradores que possuem liquidez imediata, para uma eventual quitação a qualquer momento, e para os que pretendem pagar seus financiamentos no curto prazo de até 3 anos”, detalhou.

Segundo Christiano de Souza, não existe a modalidade de financiamento mais vantajosa para os clientes, e sim, a que melhor se adequa ao momento financeiro da pessoa que está buscando crédito. “Para fazer uma boa escolha é importante que seja feita a identificação do perfil do comprador, no momento da aquisição. Se ele tem condições de liquidar o financiamento em pouco tempo, os créditos atrelados ao IPCA e Selic são opções a serem avaliadas, pois podem oferecer condições de juros bem atrativas no começo do contrato. Outras duas opções que podem ser interessantes para este perfil são os financiamentos com sistema de amortização Price e MIX, pois eventualmente estas modalidades apresentam prestações menores no início do contrato.  Já o cliente que pagará o imóvel em um prazo mais longo, os produtos mais tradicionais, tabela SAC, corrigidos pela TR são mais indicados”, avalia.

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