Manaus, 24/04/2024

Amazonas

Funcionários de UBS denunciam diretora por assédio moral

Funcionários de UBS denunciam diretora por assédio moral
03/08/2021 22h52

Funcionários da Unidade Básica de Saúde (UBS) Dom Milton Corrêa Pereira, localizada na rua Tiradentes, bairro Santo Agostinho, zona oeste de Manaus, denunciam a diretora da unidade por assédio moral.

Os trabalhadores procuraram o Portal para denunciar as constantes assédios morais que vêm sofrendo por parte da atual diretora, a enfermeira Gloria Pereira de Freitas, 49 anos. Segundo eles, além das humilhações e perseguições sofrida, ainda sofrem com xingamentos e ofensas, principalmente aos trabalhadores da área da limpeza.

A enfermeira que está a mais ou menos 1 ano e 6 meses como responsável do local, vem tornando a vida dos colaboradores em um verdadeiro “inferno”. Ao menos 10 auxiliares de serviços gerais passaram pelo UBS nesse período, pois eram os que mais sofriam com os desrespeitos e humilhações da diretora.

“Por 10 meses fui humilhada pela glória Freitas, para eu tirar meu intervalo eu tinha que me esconder, porque ela não deixava, sempre procurava algo pra gente fazer, arrumar as salas ou aquele depósito lá em cima, e quando não estava do jeito que ela queria, tínhamos que refazer tudo de novo, além de que tudo tinha que ser no tempo dela. Ela não aceitava que a gente do serviço gerais tivesse amizade com outros servidores. Nunca faltei, porém ela mentiu sobre mim, para que eu fosse tirada da unidade. Foram tantas coisas por qual ela me fez passar, que eu chorava muito”, desabafou uma das serventes que foi trocada de unidade.

Outro funcionário que também não quis se identificar, manifestou a sua indignação aos comportamentos de Glória. “Manifesto a minha indignação com as atitudes e comportamento da atual direção desta UBS Dom Milton, na pessoa da sra. Glória, que desde o início de sua gestão impõe sua decisões de forma autoritária, constrangedora, grosseira e até humilhante com funcionários concursados e principalmente terceirizados, também age no desvio de funções, acarretando prejuízos, sobrecarga do trabalho, medo e um ambiente de trabalho desagradável”.

O que deveria ser um ambiente de paz e harmonia, se tornou em um grande terror. “Nós funcionários concursados estamos sendo coagidos, humilhados, sofremos assédio moral todos os dias, nos trata com desconfiança, como se fossemos bandidos. Não temos paz para trabalhar, ela arranjando qualquer coisa para nos expor a humilhação perante nossos colegas”, relata uma das servidoras concursadas.

Quem acha que as perseguições só eram sofridas pelos os funcionários administrativos e terceirizados se engana, médicos também passavam pelos desacatos.

“Sou médico a 20 anos, dedicados aos serviços públicos. Meu contrato se estenderia por mais 03 anos, devido ser eu vinculado ao Mais Médicos. Fui obrigado a sair da unidade por assédio moral, perseguição pessoal, onde nunca tive problemas com gerências anteriores, não tenho restrições no CRM-AM e sem nenhum processo administrativo”, declarou o médico que preferiu não se identificar.

Vários funcionários da unidade e até mesmo os que foram afastados,  formalizaram juntos uma denúncia ao Ministério Público (MP) contra Glória. E levaram também ao conhecimento da Prefeitura de Manaus, que até o momento nada fez.

Os funcionários que nos procuraram para o relato dos diversos descasos sofridos, preferiram não se identificar, com medo de represálias, mas se colocaram a disposição para mais informações sobre o caso.

 

 

 

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