O deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) lamentou a aprovação das Mensagens do Governo e do Projeto de Lei 84/2019 que congela o salário do servidor do Estado até 2021. O PL de autoria do Executivo Estadual recebeu 14 votos a favor e sete contra, na tarde desta sexta-feira (12), no Plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A votação foi acompanhada por servidores que lotaram a galeria da Aleam.

Batizada de ‘Lei do Congelamento’, Wilker ainda propôs a inclusão da Emenda que suprimia o Artigo 2º do PLC, permitindo que as datas-bases, progressões, adequações e reajustes pudessem ocorrer; a propositura acabou sendo derrubada pela base governista. Os demais PLs que retiram o dinheiro do interior, das micro e pequenas empresas e dos fundos de investimento, prejudicando o Estado, foram aprovados.

“Tentei argumentar com os meus pares para que a lei sofresse uma alteração e salvasse o salário do servidor. Fomos derrotados, mas a emenda ainda teve sete votos. A derrota maior foi do servidor público que foi penalizado pela falta de competência do Governo e ainda tem o interior que também vai ser penalizado com a falta de investimento e o endividamento do Amazonas”, afirmou.

O parlamentar ainda advertiu os servidores do Governo para uma possível revogação das datas-bases e aumentos dados ao servidor em 2019. “Alertei em várias votações sobre a vitória de Pirro. Ganharam, mas podem não levar. É extremamente preocupante. A falta de conhecimento levou o estado ao colapso. Tentei argumentar no próprio plenário para que votássemos a matéria depois do recesso, ainda assim fui voto vencido. Infelizmente o governador puniu o Estado”, afirmou.

Além de Wilker, os deputados Dermilson Chagas (PP), Cabo Maciel (PR), Serafim Correa (PSB), Delgado Péricles (PSL), Augusto Ferraz (DEM) e o presidente da Aleam, Josué Neto (PSD) votaram contra o PL 84/2019.

Outros Projetos

Wilker ainda votou contrário as mensagens Nº 83 (Redução de 16% nas verbas destinadas a política agropecuária, pesqueira e florestal, e a Redução de 70% dos recursos destinados aos índios); Nº 86 (retira recursos do Fundo de Apoio à Micro e Pequena Empresas ao Desenvolvimento Social – FMPES que seja transferida para a saúde) e a Nº 87 (antecipa R$ 400 milhões de reais de royalties do petróleo e gás natural para operações de crédito com instituições bancárias).

“São projetos que estão penalizando o Amazonas. Não economizou em seis meses, não fez reforma administrativa e, agora, de forma tardia, quer fazer uma reforma prejudicial ao Estado. Em seis meses quebrou o Estado”, explicou.