No sexto dia da greve dos professores da rede estadual, o Governo do Amazonas informou, nesta terça-feira (23), que só retomará as negociações com os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sinteam) quando os docentes retornarem às salas de aula.
Segundo o Sinteam, 70% das escolas estaduais estão sem aula em Manaus. O governo pontuou que a ação é considerada ilegal pela Justiça, com multa diária no valor de R$ 30 mil, e tem prejudicado milhares de estudantes.
Na segunda-feira (22), o sindicato manteve a greve, após nova assembleia geral. A categoria exige 25% de reajuste salarial e rejeitou as propostas feitas, na quinta (18), em reunião entre o Governo, representantes do sindicato e membros da Assembleia Legislativa.
Segundo o governo, foi ofertado aos professores as seguintes propostas:
Em posicionamento, o Governo do Estado também caracterizou a paralisação dos professores como ilegal e ressaltou, ainda, que os profissionais envolvidos no movimento terão os dias não trabalhados descontados, conforme assegura a legislação trabalhista e da Justiça amazonense.
Em contrapartida, o Sinteam informou que a liminar apontada pelo Governo não é definitiva e cabe recurso.
O sindicato ressaltou que cuida judicialmente do assunto e repudiou a referência feita pelo Estado de que o movimento da categoria seria ilegal.
A entidade também pontuou que o Governo não tinha contraproposta para oferecer no dia 18 de maio, 71 dias após receber a pauta de reivindicação dos trabalhadores.
“O único desejo deles era a suspensão da greve, mas erram ao impor isso a uma categoria desvalorizada, sem o cumprimento de seus direitos e que está disposta a lutar por melhorias salariais”, diz a nota do Sinteam.
O Sinteam afirmou que 52 municípios, dos 62, aderiram ao movimento no estado.
A greve começou na quarta-feira (17). Além dos 25% de reajuste salarial, os professores reivindicam o cumprimento das progressões horizontais e verticais, reajuste do vale-alimentação e auxílio-localidade.
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