O número foi divulgado no Twitter pelo alto comissário das Nações Unidas para refugiados, Filippo Grandi. “Em apenas sete dias, testemunhamos o êxodo de 1 milhão de refugiados da Ucrânia para os países vizinhos”, escreveu o italiano.
“Para muitos outros milhões, é hora de as armas silenciarem para que a assistência humanitária vital possa ser fornecida”, acrescentou.
O principal destino dos deslocados ucranianos é a Polônia, que já recebeu cerca de 600 mil pessoas, cifra que cresce rapidamente.
Já a Romênia diz ter acolhido 120 mil refugiados, dos quais 70 mil já seguiram viagem para a Europa Ocidental. Dos 50 mil deslocados que ainda estão no país, 18 mil são crianças, segundo o presidente da associação dos municípios romenos, Emil Boc.
Após ter enfrentado mais resistência do que esperava, a Rússia ampliou sua ofensiva nos últimos dias e conquistou a cidade de Kherson, de 300 mil habitantes e primeiro grande município ucraniano a cair.
Além disso, as forças russas cercaram Mariupol, no sul da Ucrânia, e mantêm Kharkiv, no nordeste, sob bombardeio intenso desde o início da semana.
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“Estamos destruídos como nação. Esse é o genocídio do povo ucraniano”, diz uma nota divulgada pela Prefeitura de Mariupol, município de meio milhão de habitantes que está sem água e aquecimento por causa do conflito.
Já na capital Kiev, as sirenes antiaéreas voltaram a soar nesta quinta-feira (3), porém a cidade vem sendo relativamente poupada nos últimos dias, o que pode ser uma tática do Kremlin para manter a via de negociações aberta.
Uma nova rodada de conversas está prevista para esta quinta, em Belarus, mas o primeiro dia de negociações, na última segunda (28), não produziu resultados concretos. “Estamos prontos para o diálogo. Estou certo de que a histeria vai diminuir e de que o Ocidente vai superar seu frenesi”, declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.
Por sua vez, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou um novo vídeo em que afirma que as linhas de defesa de seu país estão “resistindo”. “Não temos nada a perder a não ser nossa própria liberdade”, afirmou o mandatário, acrescentando que a Rússia terá de ressarcir os ucranianos pelos danos provocados pela guerra.
O número de vítimas é incerto, mas a ONU contabiliza pelo menos 227 civis mortos nos primeiros cinco dias de guerra. Já a Ucrânia reivindica a morte de 9 mil soldados russos, embora um balanço oficial divulgado por Moscou na última quarta (2) aponte apenas 498 baixas entre suas tropas.
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