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Industriário é condenado a 18 anos pelo crime de feminicídio em Manaus

Industriário é condenado a 18 anos pelo crime de feminicídio em Manaus
25/08/2021 15h27

 

O crime ocorreu em abril de 2019 e teve como vítima Thainara Barbosa da Silva, de 23 anos.

MANAUS – A 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus condenou a 18 anos de prisão, em regime fechado, Bruno Henrique da Silva, acusado de matar a esposa, Thainara Barbosa da Silva, crime ocorrido em 1.º de abril de 2019.

O julgamento da Ação Penal n.º 0615249-87.2019.8.04.0001 ocorreu nesta quarta-feira (25/08), no plenário do Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch Reis. Em razão das medidas de prevenção da covid-19 e em observância às regras da fase 2 do Plano de Retomada das Atividades Presenciais do TJAM, participaram da sessão apenas as pessoas diretamente envolvidas no ato processual (magistrado, representantes da acusação e da defesa, o réu, testemunhas, servidores do Júri, jurados, entre outros).

Bruno Henrique está preso desde o dia 2 de abril de 2019 e o período de dois anos e quatro meses de reclusão será abatido na pena. A sessão de julgamento começou às 9h30 e foi presidida pelo juiz de Direito Rosberg de Souza Crozara. O promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), André Epifânio Martins, trabalhou na acusação. Bruno Henrique da Silva teve em sua defesa os advogados Eguinaldo Gonçalves de Moura e Camila Alencar.

O depoimento das três testemunhas arroladas pelo Ministério Público encerrou às 10h40, quando teve início o interrogatório do réu, que terminou às 11h35.

Os debates entre acusação e defesa iniciaram às 11h50 com o promotor André Epifânio expondo os motivos pelos quais o Ministério Público denunciou o réu e pedia a sua condenação pelo crime de homicídio qualificado, capitulado no art. 121, parágrafo 2.º, inciso VI (feminicídio), combinado com o parágrafo 2.º- A, inciso I, do Código Penal Brasileiro. A defesa sustentou a tese de homicídio simples, pedindo aos jurados a desqualificação do feminicídio, alegando semi-imputabilidade do réu pois, segundo os advogados, Bruno Henrique estaria sob efeito de medicamentos na noite do crime, teses estas que não foram acatadas pelos jurados.

O crime

Bruno Henrique, conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), assassinou Thaynara Barbosa da Silva a facadas, na madrugada do dia 1.º de abril de 2019. O crime ocorreu dentro da residência do casal, no Conjunto Belvedere, bairro Planalto, zona Centro-Oeste. De acordo com o inquérito policial, Bruno Henrique matou a esposa na frente da filha de três anos de idade. No interrogatório em plenário, nesta quarta-feira, Bruno disse não lembrar dos motivos que o levaram a matar a esposa.

Da sentença ainda cabe apelação.

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