Manaus, 29/03/2024

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Interpol lança campanha para resolver casos arquivados em três países

FILE PHOTO: A man passes an Interpol logo during the handing over ceremony of the new premises for Interpol's Global Complex for Innovation, a research and development facility, in Singapore September 30, 2014. REUTERS/Edgar Su//File Photo
FILE PHOTO: A man passes an Interpol logo during the handing over ceremony of the new premises for Interpol's Global Complex for Innovation, a research and development facility, in Singapore September 30, 2014. REUTERS/Edgar Su//File Photo
10/05/2023 10h00

Trata-se de uma campanha sem precedentes: a Interpol está fazendo um apelo, à população em geral, para identificar os corpos de mais de 20 mulheres encontrados nas últimas décadas na Alemanha, na Bélgica e nos Países Baixos. Os nomes das vítimas são um mistério a ser desvendados e as autoridades europeias quererem avançar com as investigações destes “casos arquivados”.

“As polícias belga, holandesa e alemã, bem como a Interpol, lançaram a Operação Identifique-me para pedir a ajuda do público na identificação de 22 mulheres que acredita-se terem sido assassinadas”, anunciou, nesta quarta-feira (10), a Organização Internacional de Polícia Criminal.

O caso mais antigo é de 1976, de uma mulher encontrada morta numa área de estacionamento próximo a uma rodovia na Holanda. A investigação do assassinato foi conduzida pelas autoridades locais e, posteriormente, pela Interpol, mas a vítima nunca foi identificada. O mesmo acontece com o caso mais recente, ocorrido em 2019, na Bélgica.

A entidade internacional acredita que as pessoas não puderam ser identificadas pela polícia local “em parte” porque estas mulheres não eram dos países onde foram encontradas, informa o comunicado de imprensa da Interpol.

Vídeos

Na campanha, divulgada na Internet, são especificados detalhes sobre cada caso, recorrendo a reconstruções faciais de algumas das mulheres assassinadas, bem como vídeos e fotos de objetos como joias e roupas que foram encontrados nos locais onde os restos mortais das mulheres foram deixados.

Várias personalidades europeias, conhecidas na mídia, estão engajadas para promover esta campanha.

“A maioria das 22 vítimas morreu violentamente e algumas também foram vítimas de abuso ou passaram fome antes de morrer. Em parte porque as mulheres provavelmente são de países diferentes de onde foram encontradas, as suas identidades ainda não foram descobertas. É possível que os corpos tenham sido deixados em nossos países para dificultar as investigações criminais”, afirmou a atriz Carina van Leeuwen e Martin de Wit, citados em comunicado da Polícia holandesa, que iniciaram o apelo público.

“Queremos frisar que estamos procurando os nomes”, disse Carolien Opdecam, da polícia belga. “A identidade da vítima costuma ser a chave para desvendar os mistérios de um caso”.

Segundo Anja Allendorf, da polícia alemã, acredita-se que algumas das vítimas eram da Europa Oriental e que, se forem identificadas, as autoridades podem descobrir quem são os autores dos crimes.

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