O governo japonês retirou, nesta segunda-feira (16), o embargo sobre a importação de aves vivas e ovos férteis de Santa Catarina. A informação foi atualizada na tabela de suspensões do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca (MAF) do Japão.
Com a mudança, chega ao fim um embargo de quase três meses imposto após o registro de um foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAPP) em uma galinha de produção de subsistência no município de Maracajá, interior catarinense.
O embargo é o segundo sobre Santa Catarina a ser cancelado pelo Japão. Uma outra suspensão, relativa a carne de frango, ovos e seus subprodutos, já havia sido retirada no dia 18 de agosto.
Santa Catarina é o segundo maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, e tem o Japão como seu principal comprador.
Segundo a Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina, o valor gerado pelas exportações de frango e produtos relacionados ao país asiático foi de US$ 314,42 milhões (R$ 1,586 bilhão), cerca de 15% da receita total.
No dia 10 de agosto, o governo japonês também retirou um embargo sobre os mesmos produtos, voltado ao Espírito Santo. Em 26 de setembro, as exportações capixabas de aves vivas e ovos férteis para o Japão também foram normalizadas.
Por outro lado, o embargo às importações provenientes do Mato Grosso do Sul segue em curso, com suspensões vigentes desde o dia 19 de setembro.
De acordo com as normas sanitárias japonesas, se nenhuma irregularidade for encontrada em até 28 dias de análise, o embargo será suspenso.
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária ou H5N1, é uma doença causada por subtipos do vírus influenza A.
As aves são o grupo de maior suscetibilidade a essa patologia, que é menos comum em humanos e mamíferos em geral.
Dependendo da sua capacidade de provocar doença, o H5NI pode ser classificado como Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (IABP) ou Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), sendo a segunda a responsável pela imposição dos embargos do governo japonês.
Entre as aves, a doença costuma ter alta taxa de mortalidade, que acontece subitamente, sem apresentação de sintomas.
Apesar disso, algumas espécies podem apresentar mudanças de comportamento, como prostração, dificuldade respiratória, torcicolo, dificuldade de locomoção, inchaço nos membros inferiores, além de hemorragias.
Em geral, o contágio de humanos acontece principalmente pelo contato direto com animais infectados ou ambientes contaminados.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde indica que até o momento não há evidências de transmissão de pessoa para pessoa.
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