Manaus, 25/04/2024

Brasil

Justiça francesa absolve Airbus e Air France por queda do voo Rio-Paris em 2009

Brasil, Fernando de Noronha, PE. 08/06/2009. Equipe da Marinha do Brasil faz o resgate em altomar dos destroços do avião da Air France que desapareceu na costa nordestina do Brasil. O voo AF447, um Airbus A330 da Air France, caiu no Oceano Atlântico durante rota entre o Rio de Janeiro e Paris em 1º de junho de 2009, matando 228 pessoas. — Foto: Agência Estado
Brasil, Fernando de Noronha, PE. 08/06/2009. Equipe da Marinha do Brasil faz o resgate em altomar dos destroços do avião da Air France que desapareceu na costa nordestina do Brasil. O voo AF447, um Airbus A330 da Air France, caiu no Oceano Atlântico durante rota entre o Rio de Janeiro e Paris em 1º de junho de 2009, matando 228 pessoas. — Foto: Agência Estado
17/04/2023 11h20

A Justiça da França absolveu nesta segunda-feira (17) a fabricante europeia Airbus e a companhia Air France pelo acidente do voo AF447 Rio-Paris em 2009 que matou 228 pessoas.

As duas empresas eram julgadas por homicídio doloso.

O tribunal de Paris responsável pelo caso absolveu as duas empresas por considerar que, embora tenham cometido “falhas”, não foi possível demonstrar “nenhuma relação de causalidade” segura com o acidente.

Depois de uma busca de dois anos pelas caixas-pretas do A330 usando submarinos remotos, os investigadores descobriram que os pilotos responderam “com falhas” a um problema envolvendo sensores de velocidade congelados e caíram em queda livre sem responder aos alertas de estol.

Mas o julgamento também destacou debate entre a Air France e a Airbus sobre problemas técnicos com sistemas que geram as leituras de velocidade.

Este foi o primeiro julgamento da França por homicídio involuntário corporativo, para o qual a multa máxima é de 225 mil euros.

Ambas as empresas se declararam inocentes.

Ao anunciar o veredicto, o juiz do tribunal criminal de Paris listou vários atos de negligência de ambas as empresas, mas disse que eles ficaram aquém da certeza necessária para estabelecer responsabilidade firme pelo pior desastre aéreo da França.

“Um provável nexo causal não é suficiente para caracterizar um delito”, disse o juiz ao tribunal lotado.

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