Manaus, 18/05/2024

Amazonas

Justiça nega liberdade para influencer envolvido em esquema de venda de rifas pela internet em Manaus

Lucas Picolé, Mano Queixo e Isabelly Aurora. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Lucas Picolé, Mano Queixo e Isabelly Aurora. — Foto: Reprodução/Redes Sociais
10/07/2023 11h00

O desembargador Jorge Lins negou, na sexta-feira (7), liberdade para o influencer Lucas Picolé, suspeito de envolvimento na fraude de vendas de rifas pela internet em Manaus. Ele está preso desde o dia 29 de junho.

Além dele, os também influencers Mano Queixo e Isabelly Aurora estão detidos suspeitos de envolvimento no esquema criminoso. O ex-marido de Isabelly, Paulo Victor Monteiro Bastos, também está preso. Já a ex-servidora pública municipal Flávia Matos da Silva está foragida.

Na decisão, o desembargador disse que o pedido de liberdade, feito por meio de um habeas corpus, não apresentou nenhuma decisão judicial anterior e negou a revogação da prisão preventiva do influencer.

Na prática, a defesa fez o pedido direto para uma instância superior dentro do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), deixando de tentar revogar a prisão primeiro junto ao juiz do caso.

Quando apreciou o pedido, o desembargador não tinha decisão anterior para analisar.

“Desta forma, considerando que a falta de apresentação do ato coator impossibilita a análise das razões decisórias expostas pelo Juízo a que o levaram a indeferir o pedido de revogação da prisão preventiva, entendo que a apreciação do pedido pelo Impetrante nesta oportunidade e da forma como os presentes autos foram instruídos prejudica a análise do habeas corpus, não sendo possível conhecê-lo”, decidiu.

Esquema

Segundo a Polícia Civil, os influenciadores ofereciam carros, motos e dinheiro em espécie nas redes sociais por meio de rifas. No entanto, os sorteados eram amigos ou conhecidos dos influenciadores e os veículos voltavam para eles, após os sorteios.

De acordo com a polícia, os suspeitos movimentaram mais de R$ 5 milhões em 1 ano.

Conforme as investigações, Lucas era dono de uma loja especializada em vender roupas e artigos de marcas de grifes famosas. Mas os investigadores apuraram que todos os produtos vendidos eram falsificados.

O dinheiro das vendas caía direto na conta da cunhada de Lucas, Flávia. Ela também chegou a ser presa por receptação de produtos falsificados, mas foi solta em audiência de custódia na sexta-feira (30).

Alvo de um mandado de prisão expedido durante a segunda fase da operação, Flávia não foi encontrada e é considerada foragida pela polícia.

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