Manaus, 25/04/2024

Política

Malandro Municipal II: O mal não prevalecerá

Malandro Municipal II: O mal não prevalecerá
12/08/2021 14h09

Por Arthur Virgílio Neto

As perversidades praticadas pelo senador Omar Aziz, contra pessoas que dele discordem ou não se deixem envolver em sua rede de intrigas e perseguições, não prevalecerão e nem criarão raízes. O STF – Supremo Tribunal Federal – acaba de oferecer mais uma prova do que afirmo, acatando o mandado de segurança, com pedido de liminar, impetrado pela conselheira do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Yara Lins, contra atos mesquinhos praticados pelo senador, como sempre, em causa própria.

Omar usou de muita baixeza em mais esse episódio. Faltaram-lhe grandeza e espírito democrático… e sobraram-lhe pequenez, vilania e vileza ao tentar jogar no lodo a honra de uma servidora pública concursada, com mais de 45 anos de serviços prestados à corte de Contas do Amazonas. Uma carreira que merece respeito e não o ato covarde e persecutório urdido pelo senador.

E por que o ataque? Ora, porque Omar é assim. Faz parte de sua natureza, como na fábula de Esopo, em que o escorpião trai e mata até seus salvadores com veneno próprio de animais miúdos, fracos, porém, perversos por natureza.

Omar, que odeia intransitivamente, não gostou de ver o seu nome vinculado à orgia com R$260 milhões que deveriam ter sido aplicados na saúde do Amazonas e, felizmente, foram postos à luz pela ação pronta e justa da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal, através da tristemente famosa operação “Maus Caminhos”. Quebraram e desqualificaram hospitais, gerando fragilidades no sistema de saúde estadual, que se refletiram, entre outros desmandos, na situação inicial de impotência diante da pandemia da Covid-19.

Por que a ira repulsiva? Ora, porque durante depoimento à CPI da Pandemia, o deputado estadual Fausto Júnior, filho da conselheira Yara, declarou bem claramente que o senador Aziz não reunia as condições morais mínimas para integrar e presidir uma CPI idealizada, ironicamente, para a apuração de casos de roubo de dinheiro público na saúde.

Como no caso da raposa tomando conta do galinheiro. Omar, que se agacha e bajula quando “precisa”, mostrou como é prepotente e sem limites quando se sente “empoderado”. Usou o poder de que está, momentaneamente, investido e passou abusivamente a perseguir Yara Lins, Fausto Júnior e todos os parentes próximos de ambos. Exibiu sua inesgotável capacidade de odiar e usa o mandato legislativo para “resolver” questões pessoais.

Atacou a família de Fausto e Yara simplesmente porque não conseguiu calar o altivo depoente. E, a seguir, tentou camuflar o vício da vilania com um ato aparentemente legal, solicitando quebra dos sigilos fiscal, bancário e bursátil da conselheira e sua família, que nem por um átimo estão associados às questões investigadas pela CPI da Pandemia, inclusive o desleixo do governador Wilson Lima, sutil e constantemente protegido por seu parceiro Omar Aziz, nesse episódio da crise sanitária devastadora no Amazonas.

Yara buscou na Justiça a resposta aos arreganhos do senador e ingressou, no STF, com mandado de segurança. O ministro José Roberto Barroso concedeu a liminar favorável à conselheira e não encontrou, nas alegações do presidente da CPI, indícios que pudessem justificar o tal pedido de quebra de sigilos.

Nos últimos dias, rompi o silêncio – por vezes tão necessário para se refletir com clareza sobre nossos deveres – e resolvi expor algumas das várias tramas vindas do cérebro perverso e ingrato de Omar Aziz. O que tenho feito é jogar luz sobre os fatos, é fazer com que a verdade se sobressaia em meio à teia de mentiras que ele engendra.

Minha luta é aberta, é de frente!

Sobre o autor

Diplomata, é diretor do Núcleo de Educação Política e Renovação do CPJUR – Centro Preparatório Jurídico, foi deputado federal e senador, líder por duas vezes do governo Fernando Henrique, Conselheiro da Presidência da República, ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, líder das oposições no Senado por oito anos seguidos, três vezes prefeito da capital da Amazônia.

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