Manaus, 19/04/2024

Economia

Mercado aguarda definição sobre chefe da Economia e vê crescer chances de Meirelles

Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
01/11/2022 10h20

Integrantes de uma ala pragmática do PT e analistas do mercado financeiro consultados pela CNN acreditam que o resultado da eleição deste domingo (30), com a vitória apertada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL), fará com que o presidente eleito tenha de levar seu governo mais ao centro.

Com isso, o nome do ex-presidente do Banco Central e ex-ministro Henrique Meirelles ganhou mais pontos, na visão desses atores do mercado, para ser indicado como chefe do Ministério da Fazenda no novo governo Lula.

As fontes consultadas pela reportagem avaliam que o resultado de domingo (30) demanda do presidente eleito um gesto mais ao centro na pasta que comandará a política econômica no próximo mandato.

No fim da semana passada, essas fontes avaliavam que havia três possibilidades em jogo. Uma delas envolveria um nome mais político e ligado ao PT, como Rui Costa (governador da Bahia) e Alexandre Padilha (deputado federal reeleito por São Paulo).

Outra possibilidade tratada à parte era a de nomear o candidato derrotado ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), que teria uma reação pior por parte do mercado do que a dos demais petistas devido à campanha que fez em 2018, quando concorreu à Presidência da República.

A terceira possibilidade seria um gesto mais firme ao mercado, com a escolha de um nome mais ligado a uma política liberal. O principal nome, nessa terceira hipótese, é o de Henrique Meirelles.

Com o resultado eleitoral de domingo (30), subiu nas bolsas de aposta a possibilidade de um gesto mais contundente em direção ao mercado financeiro, com a escolha de Meirelles.

Contariam a favor de Meirelles, segundo essas fontes, o peso que seu nome tem junto ao mercado e ao establishment econômico, a relação pessoal que o ex-ministro tem com Lula e a necessidade de uma guinada ao centro.

Em seu primeiro discurso logo após a vitória, Lula disse que sua vitória não representa uma vitória do PT, mas do que chamou de um “imenso movimento democrático”.

“Esta não é uma vitória minha nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram nessa campanha, é a vitória de um imenso movimento democrático que se tornou –que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais, das ideologias para que a democracia saísse vencedora”, disse o presidente eleito.

Lula deve anunciar em breve quem vai coordenar a equipe de transição e iniciar a formação do novo governo. Um dos nomes cotados para o cargo é o do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

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