20/10/2020 17h30
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que vai incorporar a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, no Programa Nacional de Imunizações, inserindo assim a vacina no cronograma nacional. O governo federal anunciou também que espera começar a vacinação em janeiro. O anúncio foi feito em reunião com governadores nesta terça-feira (20).
Com isso, o governo federal afastou uma preocupação dos secretários estaduais de uma possível falta de participação do ministério na definição das estratégias de produção e de distribuição da vacina desenvolvida em São Paulo a partir da parceria com a empresa Sinovac.
O calendário do Ministério da Saúde atualmente conta apenas com a chamada vacina de Oxford, prevista para abril.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que participou da reunião com mais 23 governadores, foi responsável pela briga pela inclusão da vacina no calendário nacional.
O governo federal vai comprar 46 milhões de doses da Coronavac, vacina do Instituto Butantan produzida em parceria com a empresa chinesa Sinovac. Serão investidos pela União R$ 2,6 bilhões até janeiro.
O Ministério da Saúde havia divulgado anteriormente que a previsão era ter 140 milhões de doses no primeiro semestre de 2021, sendo 40 milhões via iniciativa COVAX Facility, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e 100 milhões de doses via AstraZeneca/Oxford.
Além dessas doses, no segundo semestre do ano que vem, governo anunciou que ia produzir 165 milhões de doses da vacina de Oxford, desenvolvida no Brasil pela Fiocruz.