O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, nesta terça-feira (16), a extremista Sara Fernanda Giromini por injúria e ameaça contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Como punição, a ação sugere pagamento de “no mínimo” R$ 10 mil por danos morais.
Sara Giromini é chefe do grupo 300 do Brasil, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O movimento se define como militância organizada de direita e foi responsável por um acampamento, com cerca de 30 pessoas, montado na Esplanada no início de maio e desmobilizado no último fim de semana.
A extremista está detida desde segunda-feira (15) por suspeita de captação de recursos para financiar atos antidemocráticos (saiba mais abaixo). A denúncia apresentada nesta quarta, no entanto, não envolve a investigação que motivou a prisão.
A denúncia, assinada pelo procurador Frederick Lustosa, se refere a ofensas da extremista contra o ministro, publicadas nas redes sociais desde o dia 29 de maio. Naquela semana, Giromini foi alvo de ação da Polícia Federal em investigação conhecida como “inquérito das fake news”, que apura “notícias fraudulentas” e ameaças que “atingem a honorabilidade e a segurança” do STF, de seus membros e de familiares.
Em uma das publicações, em vídeo, ela afirma que vai “infernizar” a vida do magistrado e descobrir os lugares que ele frequenta, até ele “sair do jogo”.
Em outro trecho, ela insinua agressões físicas. “Hoje o Alexandre de Moraes conseguiu uma inimiga pessoal. Sou eu. Se eu estivesse em São Paulo, eu ia na frente do prédio dele, mandar ele descer pra trocar soco comigo”, disse.
Com informações do G1