O deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL) divulgou em sua conta no Twitter um direito de resposta do candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em postagem anterior, ele havia feito afirmações falsas sobre Lula.
Após a publicação com o trecho da decisão, Nikolas postou cerca de cem vezes uma imagem que seria, supostamente, do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes, com uma orelha do personagem infantil Mickey.
Na gravação, conforme a defesa da Coligação Brasil da Esperança, o deputado eleito “afirma, falsamente, que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva tornará os filhos dos brasileiros drogados, promoverá a morte e violência, como se o candidato fosse adotar políticas para tal acontecimento, instaurará censura nas redes sociais, saqueará verbas públicas para patrocinar genocídio, tornará o salário insuficiente para alimentação familiar, fechará igrejas, perseguirá cristãos e proibirá cultos religiosos, cerceando a liberdade religiosa, limitará a liberdade de expressão prendendo pessoas que protestam nas ruas e, por fim, favorecerá uma banalização do aborto em que mulheres abortarão ‘diariamente’”.
No dia 11 de outubro, Nikolas postou que o TSE tinha solicitado que o vídeo fosse retirado do ar por “ferir a honra de Lula”. Em seguida, questionou: “Ladrão por acaso tem honra?”.
A decisão que concedeu o direito de resposta foi publicada na última terça-feira (25). O pedido foi julgado procedente, e Nikolas teve o prazo de dois dias para que a postagem fosse feita sob pena de multa no valor de R$ 50 mil.
A decisão ainda determina que a resposta fique no perfil dele por oito dias.
Procurado pela reportagem do G1 de Minas Gerais, na manhã desta sexta-feira (28), Nikolas Ferreira criticou a decisão. “A maioria nem levou em consideração isso porque sabe que o TSE está completamente descredibilizado”, disse.
Sobre a sequência de fotos em seguida, o deputado disse que fez como forma de “mostrar sua liberdade de expressão”.
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