Em dois dias, duas levas de documentos sigilosos do governo dos Estados Unidos relativos à política externa do país vazaram em redes sociais, de acordo com o jornal “The New York Times”.
A reportagem sobre o primeiro conjunto de documentos foi publicada na quinta-feira (6), e a segunda, nesta sexta-feira (7).
A primeira leva de documentos
Os documentos sigilosos da primeira leva descrevem os planos dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para fortalecer o exército ucraniano.
Essas informações foram publicadas em redes sociais na semana passada no Twitter e no Telegram. Os documentos, que incluem pelo menos um com a classificação “ultrassecreto”, circularam em canais pró-Rússia.
As Forças Armadas dos EUA ainda estão investigando como os documentos foram revelados.
“Estamos cientes dos relatos de postagens nas redes sociais e o Departamento está revisando a questão”, disse a porta-voz do Departamento de Segurança, Sabrina Singh.
Os documentos supostamente contêm gráficos e detalhes sobre o envio de armas, reforço de batalhões e outras informações confidenciais, segundo o jornal.
As informações nos documentos têm pelo menos cinco semanas e a mais recente é de 1º de março, de acordo com o “NYT”.
Veja abaixo algumas das revelações nos documentos vazados:
A segunda leva de documentos
Um segundo conjunto de documentos que apareceu nas redes sociais inclui informações relativas a outros países, e não só à Ucrânia: China e países do Oriente Médio, de acordo com o jornal.
Mais de cem documentos podem ter sido revelados, de acordo com fontes do “New York Times”.
Como os ucranianos reagiram
Os ucranianos afirmaram que há muitas informações falsas nos documentos que vazaram.
Uma autoridade ucraniana disse à agência Reuters que os documentos continham uma “grande quantidade de informações fictícias” e que o vazamento parecia uma operação de desinformação russa para semear dúvidas sobre a ofensiva, que requer armas ocidentais avançadas.
“Este é o padrão de jogos operacionais da inteligência russa. E nada mais”, disse o conselheiro presidencial da Ucrânia Mykhailo Podolyak, em um comunicado por escrito.
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