Manaus, 29/03/2024

Brasil

Número de nascimentos no 1º semestre de 2022 no Brasil é o menor desde 2012

Foram 1,5 milhão de nascimentos até junho deste ano
Thomas (Trutschel/Photothek via Getty Images)
Foram 1,5 milhão de nascimentos até junho deste ano Thomas (Trutschel/Photothek via Getty Images)
22/08/2022 15h20

O número de registros de nascimento no Brasil nos primeiros seis meses de 2022 é o menor para um primeiro semestre desde 2012. A conclusão faz parte de um levantamento feito pela CNN, com base em dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

No primeiro semestre de 2022, foram 1,5 milhão de nascimentos. No mesmo período de 2012, pouco mais de 1,7 (1.704.405) milhão de pessoas nasceram no Brasil entre janeiro e junho.

A análise também mostra que houve uma queda maior de nascimentos durante a pandemia. No primeiro semestre de 2019, foram mais de 1,7 milhões (1.720.886) de nascimentos no Brasil. No ano seguinte, o número caiu para um pouco mais de 1,5 milhão (1.583.218).

A queda na taxa de natalidade durante a pandemia é perceptível em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Em São Paulo, maior estado do país, 317 mil pessoas nasceram no primeiro semestre de 2022, frente aos 367 mil nascimentos no mesmo período em 2019. Minas Gerais e Rio de Janeiro também tiveram quedas expressivas: 142 mil e 112 mil em 2019, para 131 mil e 100 mil em 2022, respectivamente.

Para o vice-presidente da Arpen, Luis Carlos Vendramin Júnior, a taxa de natalidade no Brasil já mostra uma recuperação ao longo dos últimos meses. No entanto, ele acredita que os brasileiros precisam de mais tempo para “superar totalmente” a pandemia de Covid-19.

Apesar da pandemia ter intensificado a tendência, o número de nascimentos no Brasil apresentava queda há pelo menos cinco anos. Segundo Vendramin, as famílias estão tendo menos filhos e as mulheres têm a possibilidade de adiar a maternidade.

“É uma tendência mundial, e o Brasil está também nessa lista com uma baixa natalidade. E isso já acontecia antes da pandemia, mas sem dúvidas foi intensificada pela crise sanitária, que continua reverberando ainda em 2022”, disse Luis Carlos Vendramin Júnior.

Números de nascimentos nos primeiros semestres dos últimos 10 anos:

  • 2012: 1.704.405
  • 2013: 1.708252
  • 2014: 1.745.343
  • 2015: 1.880.129
  • 2016: 1.736.850
  • 2017: 1.723.563
  • 2018: 1.747.041
  • 2019: 1.720.886
  • 2020: 1.583.218
  • 2021: 1.588.606
  • 2022: 1.530.532

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