Manaus, 18/04/2024

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O ASSASSINATO DA JOVEM FILHA DE DEPUTADA QUE CONFUNDE O MÉXICO

O ASSASSINATO DA JOVEM FILHA DE DEPUTADA QUE CONFUNDE O MÉXICO
12/11/2018 16h30

G1 – O assassinato de Valéria Cruz Medel, filha da deputada federal Carmen Medel, ocorrido na última quinta-feira (8) no México, deixou uma série de dúvidas.

As autoridades mexicanas afirmam que a jovem de 22 anos, que estava na academia quando foi morta a tiros, em Ciudad Mendoza, no Estado de Veracruz, foi executada por engano.

A mãe dela participava de uma sessão da Câmara dos Deputados, na Cidade do México, quando recebeu por telefone a notícia do assassinato da filha.

A parlamentar teve uma crise de choro no recinto, em uma cena que comoveu o país.

“Ela (Valéria) era uma jovem tranquila, dedicada aos estudos e à prática de esportes”, disse o governador Miguel Angel Yunes em entrevista à imprensa.

O assassinato de Valéria Cruz Medel, filha da deputada federal Carmen Medel, ocorrido na última quinta-feira (8) no México, deixou uma série de dúvidas.

As autoridades mexicanas afirmam que a jovem de 22 anos, que estava na academia quando foi morta a tiros, em Ciudad Mendoza, no Estado de Veracruz, foi executada por engano.

A mãe dela participava de uma sessão da Câmara dos Deputados, na Cidade do México, quando recebeu por telefone a notícia do assassinato da filha.

A parlamentar teve uma crise de choro no recinto, em uma cena que comoveu o país.

“Ela (Valéria) era uma jovem tranquila, dedicada aos estudos e à prática de esportes”, disse o governador Miguel Angel Yunes em entrevista à imprensa.

O que aconteceu, de acordo com a procuradoria

Por volta das 16h (horário local) de quinta-feira, a polícia recebeu um pedido de socorro em relação a um crime que havia sido cometido minutos antes.

De acordo com as investigações, um homem identificado pelas autoridades apenas como “El Richy” foi até a academia que Valéria frequentava, no centro de Ciudad Mendoza.

A academia onde ocorreu o crime fica a duas quadras do Palácio Municipal de Ciudad Mendoza — Foto: Reprodução/Google A academia onde ocorreu o crime fica a duas quadras do Palácio Municipal de Ciudad Mendoza — Foto: Reprodução/Google

A academia onde ocorreu o crime fica a duas quadras do Palácio Municipal de Ciudad Mendoza — Foto: Reprodução/Google

Sem perguntar por ninguém ou conversar com os funcionários do estabelecimento, ele foi até o segundo andar, onde a encontrou.

“Ele viu a jovem, dirigiu algumas palavras a ela e disparou nove tiros”, explicou Yunes à rede Televisa.

Na sequência, o criminoso deixou o local em uma caminhonete Mazda.

Como o suposto assassino foi encontrado?

Cerca de uma hora e meia depois do crime, por volta das 17h30, o governador deu uma entrevista à imprensa na qual apresentou um retrato falado do único suspeito.

“El Richy” seria encontrado morto naquele mesmo dia, horas mais tarde, segundo as autoridades.

Oito pessoas que estavam no prédio onde funciona a academia deram pistas sobre a aparência do suspeito e do veículo em que ele fugiu.

“Aproximadamente às 21h, a caminhonete que estávamos procurando, um Mazda, apareceu. ‘El Richy’, autor material do crime, estava morto dentro do veículo”, disse o governador.

Outros dois homens foram presos nas horas seguintes como possíveis cúmplices do crime.

Por que se fala em ‘confusão’?

Para o governador, a hipótese sobre o motivo do crime foi “confirmada”: foi uma confusão.

A rivalidade entre duas gangues locais, uma ligada ao Cartel de Jalisco Nova Geração (CJNG) e outra ao Los Zetas, teria desencadeado o ato de violência.

A jovem foi confundida com “uma mulher que tem um relacionamento com o líder de uma gangue de criminosos (do Los Zetas) que opera naquela área de Ciudad Mendoza”, afirmou Yunes.

Essa hipótese, ele acrescenta, teria sido confirmada quando as autoridades encontraram uma caminhonete Patriot preta abandonada na entrada da academia, com documentos “que correspondem precisamente à namorada deste indivíduo ligado ao crime organizado” – no caso, a uma gangue rival do grupo de “El Richy”.

“Aparentemente, ela deveria ser pega (sequestrada) pela pessoa que entrou na academia. E certamente ele a confundiu com esta jovem que não tinha nada a ver com qualquer atividade indevida”, completou.

As dúvidas que cercam o caso

Veracruz é há mais de uma década um dos Estados mais castigados pela violência gerada por grupos de criminosos e suas gangues locais, com uma taxa de homicídios de 19,13 casos por 100 mil habitantes em 2017.

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