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OMS vai reavaliar se surto de varíola é emergência de saúde pública internacional

OMS vai reavaliar se surto de varíola é emergência de saúde pública internacional
07/07/2022 14h10

À medida que os casos de varíola dos macacos continuam a aumentar globalmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) planeja reavaliar se o surto constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional.

Mas à medida que o vírus continua a se espalhar, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, quer que o comitê retome a questão, com base nos dados mais recentes sobre a epidemiologia e a evolução do surto.

Tedros disse na quarta-feira (6) que convocará o comitê durante a semana de 18 de julho, ou antes, se necessário.

A OMS define uma emergência de saúde pública de interesse internacional, ou PHEIC na sigla em inglês, como “um evento extraordinário” que constitui um “risco de saúde pública para outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças” e que pode “potencialmente exigir uma resposta internacional coordenada”.

“Sobre a varíola, continuo preocupado com a escala e a disseminação do vírus. Em todo o mundo, já foram registrados mais de 6 mil casos em 58 países”, disse Tedros.

“Os testes continuam sendo um desafio, e é altamente provável que haja um número significativo de casos que não foram detectados”, acrescentou. “A Europa é o atual epicentro do surto, registrando mais de 80% dos casos em todo o mundo”.

A varíola dos macacos (Monkeypox), uma doença viral, ocorre principalmente na África central e ocidental, onde o vírus é endêmico – mas como parte do último surto, o vírus se espalhou para muitas regiões do mundo onde normalmente não é visto.

Casos também estão sendo relatados em países africanos que anteriormente não foram afetados pelo vírus e, naqueles lugares onde o vírus é endêmico, números recordes estão sendo registrados, disse Tedros na quarta-feira. As equipes da OMS estão acompanhando os dados de perto, disse ele.

A OMS está trabalhando com países e fabricantes de vacinas para coordenar o compartilhamento de vacinas contra a varíola, que são escassas. A organização também está trabalhando com grupos para quebrar o estigma em torno do vírus e divulgar informações para ajudar a proteger as pessoas.

“Quero elogiar particularmente aqueles que estão compartilhando vídeos on-line por meio de canais de mídia social, falando sobre seus sintomas e experiências com a varíola dos macacos”, disse ele. “Esta é uma maneira positiva de quebrar o estigma sobre um vírus que pode afetar qualquer pessoa”.

Dados iniciais sobre o surto sugeriram que homens gays e bissexuais e outros homens que fazem sexo com homens compõem um grande número de casos relatados, levando à preocupação com a estigmatização da doença e da comunidade LGBTQ.

No entanto, qualquer pessoa que tenha estado em contato próximo com alguém que tenha o vírus pode estar em risco.

O vírus da varíola pode se espalhar de pessoa para pessoa através do contato direto com fluidos corporais infecciosos ou com lesões na pele, crostas e feridas que a doença pode causar. A disseminação também pode acontecer por contato indireto, como roupas ou roupas de cama contaminadas com o vírus.

Também pode se espalhar através de secreções respiratórias durante o contato pessoal prolongado ou durante o contato físico íntimo, como beijo, carinho ou sexo.

Os sintomas da varíola dos macacos podem incluir febre, dor de cabeça, dores musculares, inchaço dos gânglios linfáticos, calafrios, exaustão e uma erupção na pele que pode parecer espinhas ou bolhas. A erupção passa por diferentes estágios, desenvolvendo-se em pústulas antes de cicatrizar.

 

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