Manaus, 19/04/2024

Amazonas

OPERAÇÃO SANGRIA 2: EMPRESA DE FACHADA NO EXTERIOR É INVESTIGADA POR RECEBER DINHEIRO DA SAÚDE

OPERAÇÃO SANGRIA 2: EMPRESA DE FACHADA NO EXTERIOR É INVESTIGADA POR RECEBER DINHEIRO DA SAÚDE
08/10/2020 11h59

DA REDAÇÃO

Durante coletiva, na sede da Polícia Federal não foram revelados os nomes dos envolvidos na segunda fase da Operação Sangria , que  estão mantidos em sigilo por ordem do  Supremo Tribunal Federal (STF), mas apesar das investigações ainda estarem em curso, o delegado da PF falou sobre a operação, ocorrida no  início da manhã desta quinta-feira (8), de busca e apreensão  por determinação do STF.

Segundo o delegado, a operação foi deflagrada a partir da análise do material apreendido na primeira fase da operação com indícios da participação de outros servidores públicos e de empresários, no esquema de corrupção na área da saúde neste período de pandemia da covid-19, no Amazonas. Hoje foram apreendidos documentos da Secretaria de Saúde do Estado e, por enquanto, o Governador Wilson Lima não é alvo desta operação, mas ele está sob investigação, segundo o delegado da Polícia Federal do Amazonas.

Empresa de fachada no exterior recebia dinheiro

O esquema de corrupção na área da Saúde  atingiu níveis internacionais. A polícia brasileira em cooperação com a policial internacional, através da Interpol, verificou que existe uma empresa de fachada no exterior com endereço residencial para onde  foi o dinheiro da venda dos respiradores. Existe a participação de um empresário que atuava como articulador, entre a cúpula do Governo do Amazonas e a empresa contratada. Das empresas investigadas foi constatado  indícios de um “sócio oculto”, além de um sócio proprietário que utilizou parte do lucro obtido com a venda dos respiradores, para a compra de testes rápidos de covid-19 ,que seriam depois vendidos para o Governo do Estado.

Nota do Governo do Amazonas

O Governo do Amazonas informou que está contribuindo com a apuração dos fatos pela Polícia Federal e órgãos de controle e que a ação de busca e apreensão, desencadeada nesta quinta-feira (08/10), envolve, em grande parte, pessoas que já não fazem mais parte da estrutura de Governo, bem como servidores que não atuam como ordenadores de despesas ou tenham poder de decisão na estrutura do Estado ou da investigação em questão. O Governo do Estado reitera que tem atuado de forma transparente e que confia na Justiça.

 

 

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