O Rei do Futebol, Pelé, já havia determinado qual o local em que ele seria enterrado desde 2003. Trata-se do Memorial Necrópole Ecumênica, em Santos (SP), que possui vista para o Estádio Urbano Caldeira, a chamada Vila Belmiro, que fez parte da história do jogador.

À época da escolha, ele explicou ao jornal A Tribuna o motivo pelo qual comprou um lóculo naquele espaço.

– Escolhi por sua organização, limpeza e estrutura. É um local que transmite paz espiritual e tranquilidade, onde a pessoa não se sente deprimida, sequer parece com um cemitério – avaliou, quando tinha 62 anos.

Pelé comentou que decidiu pelo nono andar como uma forma de homenagear o seu pai, que jogava como camisa 9 na Vila Belmiro.

– Ele era centroavante e usava a camisa nove. Por isso, escolhi o andar com este número e que dá para ver o estádio. Com certeza, ele iria aprovar a ideia – ponderou.

Ainda naquela entrevista, Pelé disse que não tinha “medo algum da morte” e garantiu que seguiria vivo nos corações daquele que admiram sua história no futebol.

– Não tenho medo algum da morte. Isso, como já falei, ainda vai demorar muito para acontecer comigo. E tem outra coisa: o Pelé não vai ser sepultado na Memorial. Ele é imortal, eterno. Quem vai ser é o Edson – pontuou.

Edson Arantes do Nascimento morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos. O ex-atleta estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde o dia 29 de novembro, para reavaliação da quimioterapia de um tumor de cólon e tratamento de uma infecção respiratória.

O ex-craque já não vinha mais respondendo ao tratamento, chegou a ser sedado de forma paliativa, e não resistiu.

O velório acontecerá na próxima segunda (2), às 10h, na Vila Belmiro. A cerimônia fúnebre ocorrerá até 10h de terça-feira (3), quando terá início o cortejo que passará em frente a casa de Celeste Arantes, mãe do Rei do Futebol. A cerimonia será aberta ao público.